3/10/2005
Combate a febre aftosa garante competitividade internacional

Mais da metade da área territorial do Brasil está em zona livre de febre aftosa com vacinação. Nessas regiões, estão mais de 80% dos pecuaristas nacionais e 85% do rebanho brasileiro.

Diante desses números fica evidente o avanço do Brasil rumo à erradicação da febre aftosa.


Os números foram apresentados por Emílio Carlos Salani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), no 4º Fórum ABAG, realizado em 14 de setembro, em São Paulo (SP), que tratou da sanidade animal e vegetal no Brasil.


Emílio Salani informa que em 2005 a indústria veterinária deverá produzir 440 milhões de doses de vacinas contra febre aftosa. “Somente o processo de total rastreabilidade dos produtos envolvem investimentos de R$ 15 milhões”, explica o presidente do Sindan.


“Até o presente momento já foram comercializadas mais de 188 milhões de doses de vacinas no mercado interno. A previsão de comercialização total em 2005 está entre 360 e 370 milhões de doses. Se considerarmos 40 dias úteis nos meses de outubro e novembro, quando a comercialização de vacina contra aftosa está no seu ponto máximo, deverão ser mais de 4 milhões de doses vendidas por dia”, afirma Salani.


O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Gabriel Alves Maciel, presente no evento da ABAG, reiterou a importância da sanidade animal para a manutenção da competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, exemplificando com a presença da missão da União Européia no País para verificar nossas condições da defesa sanitária.



Segundo Maciel, diversos fatores apontam para a necessidade da efetiva estruturação da defesa sanitária do Brasil, como a crescente relevância sócio-econômica do agronegócio brasileiro, o processo acelerado de abertura comercial, a crescente preocupação dos consumidores internos e externos com a qualidade e sanidade dos produtos e o processo de comercialização exigente com elevados níveis de sanidade, padronização e qualidade. “Precisamos estar preparados para essas situações, com planejamento estratégico para todo o sistema sanitário ao invés de apenas agir em emergências para atender essa ou aquela exigência de determinado país”, afirmou o secretário.



Nesse cenário, a febre aftosa ganha destaque ainda maior, uma vez que tem sido constantemente utilizada como barreira comercial aos produtos brasileiros no exterior e traz impactos econômicos devastadores para o País, proibido de exportar carne bovina para importantes mercados, como Japão e Estados Unidos, por conta da doença.



“O Brasil exporta carne bovina somente para países que representam cerca de 50% do comércio. Um único foco da doença em região exportadora pode causar danos inimagináveis à imagem e à economia do País”, completa Emílio Salani.




Fonte: Assessoria de Imprensa-ACNB

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