18/5/2009
Vacinação contra aftosa ainda segue lenta

A campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa já está na metade e a quantidade de animais vacinados ainda é pequena. Isso em relação ao número de comprovações feitas na Unidade da Secretaria da Agricultura do Paraná (Seab) de Campo Mourão pelos produtores que está entre 15 e 20%. A meta nos municípios da região é vacinar 280 mil bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade.

Desta vez, a campanha terá a duração de um mês, de 1º de maio a 31 de maio de 2009. O período maior é para os produtores e pecuaristas se adaptarem às novas regras da campanha de vacinação que começam a vigorar pela primeira vez este ano. Conforme essas novas regras de sanidade, o Paraná está suspendendo a vacinação para animais com mais de 24 meses. No entanto permanece a obrigatoriedade da vacinação para os animais bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade.

A medica veterinária do Departamento de Sanidade Animal (DSA), Elenice Amorim, diz que alguns produtores continuam com dúvidas sobre as mudanças na campanha. “Muitos produtores estão desorientados ainda. Não foi realizada uma divulgação com antecedência o que acaba causando dúvidas”, diz.

Por outro lado ela ressalta que a vacinação está em ritmo mais lento em virtude das chuvas dos últimos dias que beneficiaram o plantio de trigo. “Os agricultores estavam esperando pela chuva para fazer o plantio. As lojas estão vendendo as vacinas e esperamos que até o prazo todos façam a vacinação”, ressalta. Ela ressalta que os produtores têm até o dia 31 de maio para vacinar os animais, mas como essa data cairá num domingo a comprovação terá que ser efetuada até o dia 29, numa sexta-feira.

Elenice lembra ainda que mesmo com alguns animais isentos da vacinação, os criadores são obrigados a declarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias, sob pena de multa ou sanções administrativas. Para cada animal não vacinado até os dois anos de idade, ou não declarado, se for adulto, o criador recebe multa em R$ 87,27.

Conforme o chefe regional da Seab, Erikson Camargo Chandoha, a medida representa o início de um processo adotado em comum acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que o Paraná seja declarado posteriormente área livre de febre aftosa, sem vacinação. “Isso será possível num curto espaço de tempo, digamos que de três a cinco anos, devido a estrutura que o Paraná possui e a adesão dos produtores. Em nossa região da Comcam, principalmente, que a cada etapa da campanha atinge mais de 95% do rebanho vacinado, média superior à meta estabelecida pelo Ministério da Agricultura, que é de 80%”, destaca Chandoha.

Com a nova medida, a expectativa é de que haja uma grande redução no número de animais vacinados, caindo de aproximadamente 581 mil cabeças na última etapa de novembro, para 280 mil agora em maio. Vale lembrar que essa decisão de imunizar apenas animais que ainda não passaram de 24 meses, é válida apenas para essa primeira etapa. Em novembro, na segunda etapa, todo rebanho deverá ser vacinado novamente.



Fonte: Portal Agrolink

Voltar