6/5/2009
Boi gordo: final de safra típico

A oferta de animais terminados para São Paulo e Mato Grosso do Sul, que podem ser consideradas as praças balizadoras do mercado nacional, aumentou nos últimos dias. Isso em função da seca que castiga as pastagens sul mato-grossenses.




A seca em Mato Grosso do Sul leva a um aumento de oferta animais terminados e de reposição na região, gerando distorções, informa a Scot Consultoria. Especialistas destacam que houve uma aproximação dos preços do Mato Grosso do Sul e do Tocantins, algo atípico. Há outra inconsistência: o boi de Marabá/PA vale hoje R$72,00/@, a prazo, para descontar o funrural, R$1,00/@ a mais do que o de Campo Grande/MS.



"Além de estar chovendo de balde no Pará, o que permite a manutenção do boi no pasto e dificulta o transporte dos animais, as exportações de gado em pé estão retomando o ritmo. Os frigoríficos locais, portanto, enfrentam forte concorrência", comentam os analistas.



A seca do Mato Grosso do Sul faz com que o Brasil Central (SP e praças vizinhas) atravesse um final de safra bastante típico. Talvez o patamar do boi gordo sul mato-grossense esteja exageradamente baixo (em termos comparativos), mas o que temos aí é uma clássica desova de final de safra.



As apostas agora estão em torno do piso. Desde o "estouro" da crise econômica, em outubro do ano passado, o valor mais baixo praticado pelo boi de São Paulo ficou na casa dos R$76,00/@ a R$77,00/@. Para o boi do Mato Grosso Sul, registramos R$69,00/@ a R$70,00/@. Ambos a prazo, em meados de março.



"Será esse patamar de resistência será rompido? Não sei. Mas estamos de olho, principalmente, no nível de oferta nos demais Estados (que permanece controlado) e no desempenho das exportações (que em volume tem agradado)", comentam os analistas.



Fonte: Grupo Cultivar

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