28/4/2009
Minas Gerais quer o fim da aftosa em 2010

O governo brasileiro em parceria com outros países do continente americano e organismos internacionais estão concentrando todos os esforços para conter e erradicar a febre aftosa nos rebanhos das Américas com uma intensa campanha de vacinação.

Como parte importante para a consolidação desse objetivo, que é o de erradicar a doença em todo o território brasileiro até final de 2010, o governo de Minas Gerais através do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), já está como o todo o seu efetivo fiscal mobilizado para iniciar e coordenar no estado mais uma etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Febre Aftosa.

Com início no dia 1º até 31 de maio, Minas tem que imunizar cerca de 22,5 milhões de bovinos de todas as idades, pertencentes a 330 mil criadores rurais distribuídos em 316 mil propriedades pecuárias.

Está é a principal meta a ser alcançada para se consolidar o status de livre da doença com vacinação, para posteriormente passar para livre sem vacinação. No entanto, antes de atingir o objetivo proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aos organismos internacionais, é preciso erradicar a enfermidade com a imunização de todo o rebanho brasileiro e, comprovar através de exames sorológicos que não há mais a circulação do vírus da doença em propriedades do Brasil.

Estratégia

O trabalho é desenvolvido pelo Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), cujas ações estão inseridas no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) que tem como meta estratégica a implantação progressiva e a manutenção de zonas livres da doença, em conformidade com as normas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o Brasil.

A sua execução é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com a participação do setor privado. Os governos estaduais, representados pelas secretárias de agricultura e instituições vinculadas (IMA em Minas), responsabilizam-se pela execução do PNEFA no âmbito estadual.

Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o processo para alcançar a erradicação definitiva nas Américas obteve um grande progresso nos últimos anos. Entretanto, diz ele, "enquanto tivermos países com risco de aftosa, não se pode baixar a guarda nem no trânsito (de animais) nem na vacinação".

Em Minas Gerais, de acordo com Rodrigues Neto, o resultado é bem relevante e demonstra o grau de comprometimento do produtor rural mineiro em item da mais alta importância para o seu negócio. "Para vencer à aftosa é preciso vontade política, manutenção de uma forte estrutura de fiscalização e vigilância constante, principalmente no trânsito de animais, além de continuar contando com a efetiva participação da iniciativa privada".

"A erradicação definitiva da aftosa no Estado ainda necessita que a vacinação dos animais seja mantida até o final de 2010". Minas, afirma Altino Rodrigues Neto, vem marcando um conceito novo de seriedade e credibilidade do trabalho desenvolvido pelo seu produtor rural, suas lideranças e órgãos governamentais, que precisa ser preservado. Esta será uma conquista que representará a possibilidade estratégica de inserção do agronegócio mineiro no mercado mundial de carne e outros produtos de sua cadeia produtiva.


Fonte: Grupo Cultivar

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