3/4/2009
Pasto precisa ser cuidado como lavoura

Cerca de um terço dos 172 milhões de hectares utilizados no Brasil para a atividade pecuária está em estado de degradação.


São, aproximadamente, 57 milhões de hectares subutilizados, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), baseadas no último censo agropecuário, realizado em 2006, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Essa é uma situação grave, que poderia ter sido evitada se os pecuaristas tivessem feito o dever de casa: cuidar da pastagem como se cuida de qualquer lavoura.
A prática, entretanto, não é comum, apesar de ser a receita apontada por especialistas para garantir o bom aproveitamento das áreas, a boa produtividade de carne ou de leite e a viabilidade econômica da atividade.
“Se trabalharmos tecnicamente nossas pastagens, teremos condições de aumentar a capacidade de suporte. Podemos saltar da atual lotação média de 0,85 unidade animal (UA) por hectare para 6 UA por hectare”, afirma o agrônomo Alecssandro Regal Dutra, doutor em nutrição animal e professor da disciplina de Manejo e Conservação de Plantas Forrageiras, do curso de Zootecnia da Universidade Católica de Goiás (UCG).

Manejo
Segundo Alecssandro, a atividade pecuária no Brasil ainda está assentada na abertura de novas áreas para pastagens, em vez da prática de manejar corretamente as áreas abertas para, não apenas manter, mas ampliar a capacidade de produção.
As medidas de que fala o agrônomo são o emprego das técnicas de manejo para pastagens. Elas começam com a escolha da forrageira, de acordo com a área e com a produção, e chegam à adubação periódica (veja quadro).
Alecssandro afirma que uma pastagem bem manejada, mesmo em regiões de solo pobre, como é o caso do Cerrado, vai manter a produtividade por um período de cerca de oito anos, em média. Em seguida, terá de ser renovada.

Fonte: O Popular

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