25/3/2009
Índice de vacinação garante rebanho imunizado

Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, as modificações foram adotadas em resposta aos excelentes índices de vacinação alcançados nas campanhas realizadas nos últimos quatro anos. Acima de 98% a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) considera que o rebanho já está imunizado. Outra razão para a suspensão das vacinas é que ela protege os animais revacinados após quatro vacinações consecutivas por cerca de um ano. Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária, Silmar Burer, o Paraná está seguro em adotar esse procedimento porque a sorologia realizada nos últimos quatro anos vem apresentando ausência de circulação viral para a doença, o que aponta para um risco mínimo sobre a existência da febre aftosa no Estado.
O presidente do Sindileite, Wilson Thiensen, afirmou que este é ""um momento histórico"" e acredita que o Paraná vai atingir o patamar de área livre sem vacinação. ""Vai ser um grande atrativo para grandes investimentos"", disse. Para ele, essa é uma grande responsabilidade que o Estado está assumindo.
O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Lopes Kireff, disse que esse sistema não é inédito no Brasil. ""Desde que esteja tecnicamente amparada, a medida é adequada"", afirmou. Para ele, esse é um processo natural e o início de um caminho positivo. Kireff defende o monitoramento constante da doença, dos níveis sorológicos, das fronteiras e do trânsito animal em geral para atingir bons resultados.

Histórico
Em outubro de 2005, foram descobertos suspeitas de focos de febre aftosa no Paraná em seis propriedades localizadas em cinco municípios. Apenas em maio de 2008, o Paraná foi considerado área livre com vacinação.
Em 2005, o Paraná exportava US$ 82 milhões de carne bovina. Com a aftosa, em 2006, a exportação caiu para US$ 23,87 milhões. Em 2007, a redução foi ainda maior e as vendas para o mercado externo caíram para US$ 20,7 milhões. No ano passado começou a recuperação com a exportação de US$ 91,8 milhões e, nos dois primeiros meses deste ano, foram exportados US$ 11 milhões, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura.
Na última campanha de vacinação realizada em novembro de 2008 o Paraná tinha um rebanho de bovinos e bubalinos de 9,6 milhões de cabeças em 208.693 propriedades. Foram vacinados 98,23% dos animais.

Fonte: Folha de Londrina

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