25/3/2009
Vacinação de aftosa tem mudanças no Paraná

Depois de 40 anos de campanhas ininterruptas de vacinação contra a febre aftosa, o rebanho de bovinos e búfalos do Paraná com idade acima de 25 meses será imunizado apenas uma vez por ano. No próximo mês de maio serão vacinados os animais até 24 meses de idade e, em novembro, todo o rebanho. As mudanças têm o aval do Ministério da Agricultura e fazem parte do início do processo de suspensão da vacina contra a doença no Estado. Esta é a primeira vez que são feitas modificações de grande porte nos procedimentos de vacinação, o que deve gerar uma economia aproximada de R$ 7,5 milhões para os produtores do Estado. Em maio, serão vacinados 4,3 milhões de animais, o que significa uma redução de 54% do rebanho imunizado em relação à última vacinação em novembro de 2008.
O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, acredita que dentro de um prazo de cinco anos, o Estado poderá conquistar o status de área livre sem vacinação. ""O Paraná dá um salto enorme de 40 anos"", disse o secretário. Também entram na anualização da vacina os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que desenvolverão um trabalho em conjunto. O diretor do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária, Silmar Burer, classificou a decisão como ""essencialmente técnica"".
Com as alterações que foram regulamentadas pela Resolução nº38 da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, os animais com até 24 meses continuam sendo vacinados duas vezes ao ano e os acima de 24 meses, apenas uma vez. O pedido de alteração da estratégia de vacinação foi aceito pelo Ministério, porque o Paraná atende aos requisitos da Instrução Normativa nº 44, que aprova as Diretrizes para a Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
Bianchini disse que as barreiras sanitárias com os estados terão ajustes e novos investimentos. Para ele, a redução da vacinação abre mais mercados para o Paraná e valoriza o rebanho do Estado.
O secretário ressaltou que a decisão foi tomada depois de uma série de medidas que incluem informatização de 208 mil propriedades rurais e do controle das 9,5 milhões de cabeças do Estado, entre outras etapas técnicas. Segundo ele, a fiscalização das fronteiras era terceirizada e agora passou a ser atribuição da secretaria. Há um mês foram contratados 324 técnicos para este trabalho.

Fonte: Folha de Londrina

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