25/3/2009
Indústria: CNA defende uso de créditos tributários para pagar pecuaristas

Proposta foi feita durante audiência pública, em Brasília.


A proposta de liberação de recursos oriundos de créditos tributários que os frigoríficos têm de receber do governo pelas exportações de carne foi defendida pelo Vice-Presidente da CNA, deputado Homero Pereira. Ao participar de audiência pública na Câmara nessa terça, 24, para debater o cenário negativo vivido pelo setor, ele explicou que este dinheiro poderia ser utilizado pelas indústrias afetadas pela crise financeira internacional para pagar dívidas contraídas junto aos pecuaristas pelo fornecimento de bois para o abate. "Este pagamento deve ser priorizado, pois os produtores compõem o elo mais fraco da cadeia produtiva e precisam de capital de giro para se manter na atividade", afirmou.
Homero Pereira também pediu medidas para conter os reflexos da crise financeira na cadeia de produção de carne. Ele relatou que, em Mato Grosso, que tem o maior rebanho bovino no Brasil, grandes grupos fecharam mais de 12 plantas frigoríficas no Estado, deixando de gerar mais de 50 mil empregos diretos e indiretos. "A cadeia está fragilizada e os produtores estão com dificuldades de produzir porque não recebem o pagamento dos frigoríficos", revelou Homero Pereira, completando que a grande parte dos pecuaristas que está nesta situação é de pequeno porte.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, admitiu a necessidade de acelerar a liberação dos créditos tributários para pagar os pecuaristas. Também reconheceu a necessidade de tratamento igualitário entre pequenos, médios e grandes frigoríficos. As informações são da CNA.
Denúncia - O deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO) denunciou atitude suspeita do Frigorífico Independência. Caiado afirmou que o BNDES liberou R$ 250 milhões de reais dias antes de o frigorífico anunciar concordata; a quantia teria sido transferida para os Estados Unidos. Ele pediu que se priorize o pagamento aos pecuaristas, que venderam rebanhos e até agora não receberam nada.

Fonte: Portal DBO

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