5/3/2009
Cotação do boi cai e derruba o varejo

Depois de uma bolha de alta acentuada no mês de dezembro, puxada pelas festividades de fim de ano, os preços da carne bovina entraram em trajetória de queda no atacado e no varejo. A constatação é do empresário Leonísio Lisboa Pereira, proprietário da Casa de Carne Marista.

Para o empresário, o recuo dos preços da carne tem muito a ver com a queda das exportações brasileiras do produto, o que obrigou os frigoríficos a dirigirem sua produção para o mercado interno. "Frigoríficos que nunca nos venderam carne, hoje oferecem todos os tipos de cortes", diz Leonísio, mais conhecido como Leo Pereira.

De acordo com o empresário, os preços da carne no atacado caíram em média 20% e, no varejo, variou de 10% a até 40%. Ele explica que como a população passou a demandar mais carne de 1ª, em detrimento da de 2ª, o varejo foi obrigado a baixar os preços dos cortes considerados menos nobres. "Foi uma forma de se estimular a demanda pela carne de 2ª", diz.

Segundo o empresário, desde o início do ano, os preços no atacado de cortes como o coxão mole caíram de até R$ 9,80 para R$ 8,30; lagarto, de R$ 9,20 para 7,80; vaca casada, de R$ 5,50 para R$ 4,30. No varejo, os preços do coxão mole caíram de até R$ 14,98 para R$ 12,00; a alcatra, de R$ 15,75 para R$ 12,75; o músculo traseiro de R$ 9,80 para R$ 6,00 ; e o acém de R$ 10,98 para R$ 7,98.

Conforme Leo Pereira, um dos cortes com maior queda de preço foi o filé, que de R$ 22,00 o quilo no atacado caiu para R$ 13,90. "Isso permitiu que o varejo também reduzisse o preço ao consumidor de até R$ 29,80 para até R$ 18,00, atualmente", diz . Em alguns açougues, o preço caiu para até R$ 16,00.

Para o empresário, a tendência dos preços da carne segue de baixa durante toda a Quaresma, que se encerra na Sexta-Feira da Paixão, em 10 de abril. "Após esse período, que por razões religiosas é de tradicional redução do consumo de carne vermelha, os preços devem apresentar reação, até porque também já se estará aproximando da entressafra do setor", diz Leo Pereira.

Fonte: O Popular

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