2/3/2009
Vacina imuniza 80 mil bezerros no MT

Etapa de fevereiro teve como alvo apenas rebanhos de zero a 12 meses localizados na faixa de fronteira com a Bolívia. Números serão ainda oficializados


O percentual da cobertura vacinal desta etapa no Estado será confirmado nas primeiras semanas de março
A vacinação contra a febre aftosa dos bezerros bovinos e bubalinos com até 12 meses, na faixa de fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, terminou ontem. A vacina foi aplicada num rebanho estimado em 80 mil cabeças numa faixa de 15 quilômetros de extensão, cortando os municípios fronteiriços de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade.
A região de fronteira foi a única, em Mato Grosso, onde aconteceu vacinação em fevereiro. Nas demais áreas ela foi abolida, em razão do avanço sanitário. Até o ano passado, o calendário de vacinas estipulava que os animais com até 12 meses fossem vacinados em fevereiro, animais com até 24 meses, em maio e o rebanho de mamando a caducando, em novembro.
A continuidade da vacinação na fronteira é parte da política sanitária para blindar Mato Grosso contra eventuais focos da doença vinda da Bolívia. “Funciona como uma espécie de tampão”, observa o gerente-executivo do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), Antonio Carlos Carvalho de Sousa.
“A vacina destinada à bezerra da fronteira foi doada pelo Fefa”, observa o presidente daquele Fundo, Zeca D’Ávila. Técnicos e funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) aplicaram as doses para que a cobertura vacinal alcançasse 100%. O quantitativo aplicado será revelado em breve pelo Órgão.
Mato Grosso tem o maior rebanho bovino brasileiro, com 26 milhões de cabeças. Há 13 anos não há registro de foco de febre aftosa nas invernadas mato-grossenses. Na etapa de vacinação de novembro do ano passado, para o rebanho de mamando a caducando, o índice de cobertura vacinal foi de 99,66%.
Autoridades e lideranças das entidades ruralistas encaram a aftosa também como doença econômica. A simples notificação de foco isolado da doença criaria barreiras sanitárias intransponíveis às exportações, tanto ao estado focal, quanto aos seus vizinhos. Entre as sanções administrativas, está a proibição de embarques por até 24 meses.

Fonte: Diário de Cuiabá

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