20/2/2009
Cortes bovinos ficaram 34% mais caros em 2009

O mês de fevereiro mostra preços muito parecidos com os de dezembro para o quilo da carne bovina in natura, especialmente os cortes considerados ‘nobres’ e os de ‘segunda’ expostos nas gôndolas. A variação, de acordo com pesquisa realizada ontem pelo Diário é de preços finais apenas 4% mais barato. Porém, em janeiro, o consumidor cuiabano chegou a pagar 34% a mais (preço médio) em comparação com igual mês de 2008, segundo estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
O levantamento mostra que os cortes de carnes de segunda, como acém, músculo e costela, registraram as maiores altas no ano passado. Na avaliação dos analistas, isso significa que a população de baixa renda está pagando mais caro para comer.
Os dados do Imea – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) - apontam alta de 62% nos preços da costela, com o quilo saltando de R$ 4,31 para R$ 6,99 e de 53% nos preços do acém, que passaram de R$ 5,89 para R$ 8,99/Kg. O músculo teve alta de 41%, com o preço saltando de R$ 4,31 para R$ 6,99.
Todos os cortes pesquisados apresentam majoração de preços. O filé mignon, por exemplo, teve seu preço alterado de R$ 19,19 para R$ 21,45, valorização de 12%.
O contra filé aumentou 23%, com os preços passando de R$ 12,91 para R$ 15,95. Outros cortes que também tiveram alta: picanha (38%), alcatra (21%), patinho (31%) e maminha (16%). (Veja quadro ao lado)
"Não dá para explicar por que os preços no varejo não sofrem variação para baixo quando há uma queda nos preços da arroba para o produtor", diz o superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vacari.
Segundo ele, o único momento em que os preços da arroba ultrapassaram a cotação no varejo e atacado foi em julho e agosto do ano passado, atingindo o patamar de R$ 90, o maior da história. "Tivemos uma alta de 83% nos preços da arroba, mas foi durante um período muito curto do ano", lembra.
SUPERMERCADOS – Uma fonte da Associação dos Supermercadistas de Mato Grosso (Asmat) disse ontem que os preços sofrem oscilações diárias – para mais ou para menos – de acordo com o estoque de cada estabelecimento. É nessas mudanças que fica possível encontrar cortes com preços mais acessíveis, via as promoções.
"A alta ocorre momentaneamente, quando os nossos fornecedores decidem mexer nos preços. A margem de lucro dos supermercados é sempre a mesma e o setor não aumentou a sua rentabilidade com a venda de carne do ano passado para cá", explica.

Fonte: Diário de Cuiabá

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