9/2/2009
Exportações do agronegócio aumentam 53,5% em Mato Grosso

Mato Grosso registrou incremento de 53,5% nas exportações de produtos do agronegócio em 2008 na comparação com o desempenho de 2007. Dados da balança comercial do agronegócio, divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que nos 12 meses do ano passado as embarcações destes produtos (que incluem soja, milho, algodão, carnes, madeira, entre outros) somaram US$ 7,716 bilhões, contra US$ 5,027 bilhões de janeiro a dezembro de 2007. Já na comparação com o todo o volume exportado pelo Estado no período, que foi de US$ 7,812 bilhões, o agronegócio foi responsável por 98,7% das vendas externas mato-grossenses.
Apesar do bom desempenho de 2008 frente ao ano anterior, representantes do próprio Mapa já projetam uma retração de até 12% nas exportações do agronegócio brasileiro para 2009, isso porque está havendo variação no preço, o que é desfavorável para as transações comerciais entre o país e os importadores. Mesmo assim, segundo analistas do ministério a perda será compensada na conversão do dólar para o real, e que no final das contas o montante será maior que o obtido no ano passado, gerando rentabilidade ao produtor.
A perspectiva de queda para este ano é baseada no déficit de US$ 518 milhões, na balança comercial brasileira, que encerrou o mês de janeiro com US$ 9,788 bilhões em exportações e US$ 10,306 bilhões importados. Para o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, a queda nas exportações não chegará ao agronegócio estadual, que deve seguir ritmo ascendente ao longo deste ano.
"O que está acontecendo com a balança comercial brasileira é simples de explicar. São produtos como ferro e aço que estavam sendo vendidos em grande quantidade e cuja embarcação está diminuindo, tudo por causa da crise internacional, pois os países que compram esta matéria-prima reduziram o volume adquirido do Brasil", diz o secretário ao acrescentar que as exportações mato-grossenses não serão afetadas, porque está justamente pautada em produtos do agronegócio. Ele diz que, por serem itens que serão transformados em alimentos não devem sofrer impacto, pois o "mundo necessita de alimentos". Na opinião de Nadaf, é preciso que o governo invista em políticas para fortalecer o mercado interno, a exemplo dos subsídios, como ocorre com a agricultura norte-americana.

Fonte: A Gazeta

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