2/2/2009
Arroba do boi sobe 10,7% em janeiro em Mato Grosso

O preço da arroba do boi aumentou 10,7% em janeiro deste ano em relação ao ano passado. Este mês, o valor médio praticado em Mato Grosso foi de R$ 72, ante R$ 65 no mesmo intervalo de 2007, o que representou um reajuste de R$ 7. Porém, a alta verificada no valor pago ao pecuarista não reflete incremento na rentabilidade na mesma proporção, já que a expansão verificada nos custos da produção foi superior.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, considera que a valorização veio depois de três anos de crise no setor (de 2005 a 2007) e que em 2008, os preços reagiram mas não refletiram em ganho ao produtor. Mesmo assim ele avalia que as perspectivas para este ano são positivas e o preço da arroba tende a se elevar. No ano passado, o preço chegou à média R$ 80.
Sobre a missão da União Européia em duas propriedades mato-grossenses, o superintendente diz que por enquanto só teve notícias de que a inspeção foi tranquila. "No ano passado quando a comissão suspendeu o embargo da carne estadual ela disse que seria feita uma nova inspeção para confirmar se os produtores do país estavam cumprindo as regras estabelecidas na comercialização entre os dois países. E foi isso que aconteceu, eles voltaram para averiguar. É um procedimento de rotina".
Mesmo que a missão tenha sido prevista, o superintendente avalia que os produtores estão se adequando às regras e cada vez mais cadastrando suas fazendas no Sistema de Rastreabilidade Brasileiro (Sisbov), já que somente propriedades que estão na lista têm a autorizadas de exportar ao bloco econômico. "Sem contar que o boi cadastrado no Sisbov é melhor remunerado do que os que não estão cadastrados no sistema. A diferença hoje chega a R$ 4".
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Luiz Antônio Freitas, confirma a diferença de preço, mas informa que ela só não está maior porque a União Européia está considerando o gado brasileiro caro e com isso tem reduzido o volume importado. Em compensação outros mercados foram conquistados, a exemplo da Venezuela, que conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea), ampliou a participação de 10% para 26%.

Fonte: Só Notícias

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