30/1/2009
Frigorífico da região Norte de Mato Grosso avalia inspeção da UE com otimismo

Um dos sócios do único frigorífico da região Norte de Mato Grosso que recebeu a visita da missão sanitária da União Européia (UE) diz que está otimista em relação ao resultado do relatório do grupo europeu. Paulo Belincantta, que também integra a diretoria do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos (Sindifrigo) de Mato Grosso acredita que o levantamento de informações sobre a planta – situada em Sinop - foi excelente e que a unidade está enquadrada nos requisitos exigidos para exportar carne à comunidade européia.
A comitiva européia, integrada por três veterinários e acompanhada de técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e das áreas de inspeção federal e de defesa sanitária animal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), esteve na unidade na quarta-feira para atender ao requerimento de habilitação feito pelo grupo Frialto em relação às plantas de Sinop e Matupá. “Eles são bastante exigentes e rigorosos em relação aos critérios para habilitar um frigorífico. Mas acredito que a visita foi positiva e que o resultado também será”.
Na região Norte o grupo também visitou uma propriedade de criação de gado, a fazenda Jacarezinho, no município de Sorriso. Belincantta explica que essa segunda visita também é positiva, pois com o frigorífico habilitado para exportar carne à UE será necessário que fazendas na região também estejam aprovadas pela comunidade européia. “Se nossa planta for autorizada, nós só poderemos abater animais provenientes de fazendas também autorizadas, com o sistema de rastreabilidade sendo aplicado em todas as cabeças”.
A rastreabilidade prevê a identificação, registro e monitoramento, individualmente, de todos os bovinos e bubalinos nascidos no Brasil. Entre as exigências previstas no programa de rastreabilidade está a adoção de brincos ou chips eletrônicos para a identificação dos bovinos, bem como o seu registro por um período mínimo de 90 dias na base de dados do Mapa.
O empresário estima que a partir de março, com o resultado das visitas, a região esteja com pelo menos 50 fazendas habilitadas. Hoje, na região Norte do Estado, poucas fazendas estão habilitadas. Conforme o banco de dados do Indea, em Alta Floresta existem duas propriedades, em Gaúcha do Norte somente uma, em Nova Maringá outra duas e em Sorriso são três fazendas. Nenhum frigorífico está habilitado no Nortão.
Ele avalia que o grupo Belincantta investiu pelo menos R$ 2 milhões para adequar as unidades aos critérios da comunidade européia. “Isso porque já tínhamos uma boa estrutura formada”. Com a habilitação, a previsão da indústria é direcionar 200 toneladas de carne ao mês para exportação à União Européia. Hoje a indústria exporta duas mil toneladas/mês, o equivalente a 40% de toda a produção da planta. “Queremos terminar o ano mandando para a Europa, 10% desses 40% de produção que vai para o exterior”.

Fonte: Diário de Cuiabá

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