15/1/2009
Pecuária gaúcha terá iniciativa pioneira no Brasil

O Rio Grande do Sul pode ser o primeiro estado brasileiro com certificação regional de livre de tuberculose e brucelose. O projeto piloto será implantado em seis municípios no Vale do Taquari. O país possui programa nacional de erradicação e controle que certifica somente propriedades. No Estado, 20 fazendas detêm o status.
A microrregião é formada por 2,7 mil produtores, proprietários de 36 mil bovinos, a maioria para leite. O chefe da Divisão de Sanidade do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini, acredita que o projeto tem potencial para ser modelo no país. "É um grande avanço. Quanto maior a área certificada, maior a segurança coletiva."
O primeiro passo será o georreferenciamento das propriedades. Posteriormente, todas as reses serão submetidas a testes. Animais positivos para as doenças serão abatidos. O processo começou quando o Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil e constatou a ineficiência de controles sanitários, a partir de agricultor que procurou a instituição. Ele alegava que teve de abater animais devido a foco de tuberculose, mas não tinha garantias de que o novo rebanho não seria contaminado pela vizinhança. Conforme o promotor de Justiça da Comarca de Arroio do Meio, Paulo Araújo, entidades e empresas assinaram Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e definiram cronograma.
Por trás da iniciativa, está um time de parceiros composto por Fundesa, Univates, governos federal e estadual, prefeituras, MPE, sindicatos de produtores rurais, indústrias de lácteos e transportadores. Na opinião do presidente do Fundesa, Rogério Kerber, é meio caminho andado para o êxito da iniciativa. "Esse projeto será um diferencial no país."
Para ser livre das doenças, a região terá de apresentar três testes negativos consecutivos em 12 meses, explica o chefe de Fiscalização da Seappa, Fernando Groff.

Fonte: Correio do Povo

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