8/1/2009
SP: número de fazendas aptas à exportação aumenta no país

O temor de que o número de fazendas habilitadas para exportar carne bovina para a União Europeia (UE) sofresse uma redução a partir do início de 2009 não se confirmou. Pelo contrário. A nova atualização feita pela UE indica que o número de cadastros aumentou em relação ao último levantamento de dezembro e que o Brasil já possui 733 propriedades habilitadas a exportar para o bloco. O destaque da nova atualização é a presença de duas fazendas de Mato Grosso do Sul, último Estado brasileiro a ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação.
Do total, Minas Gerais tem 337 fazendas habilitadas, Goiás 146, Mato Grosso 120, Rio Grande do Sul tem 60, São Paulo possui 33, Paraná 18, o Espírito Santo 17, além das duas propriedades sul-mato-grossenses. A queda na demanda europeia pela carne bovina brasileira a partir de novembro do ano passado, os frigoríficos deixaram de pagar o prêmio pelo animal rastreado, que variava entre R$ 10 e R$ 15 por arroba. Como o custo e a burocracia para manter uma fazenda habilitada não são desprezíveis, muitos pecuaristas e associações de produtores chegaram a imaginar uma queda no número de cadastros.
No final de novembro, o presidente da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Ricardo Merola, chegou a dizer que era um erro estratégico dos frigoríficos deixar de pagar o prêmio. "Entendemos que, por causa da redução da demanda e das quedas nos preços internacionais, os frigoríficos estejam revisando seus custos. Mas, se o pecuarista não permanecer motivado, ele vai perder o interesse por se manter nesse sistema", disse, na época.
O fato é que os prêmios ainda não voltaram e o número de fazendas está aumentando. Fontes de algumas associações de produtores disseram que a orientação entre os associados é para se manterem cadastrados e, quem ainda não faz parte da lista, se apressar para ser incluído. Do lado dos frigoríficos exportadores, o pagamento do prêmio não está descartado, mas exige que a Europa volte a realizar suas compras. "Cedo ou tarde os prêmios voltarão a ser pagos e pode ser maiores dos que vinham sendo praticados. O mercado funciona desse jeito e quem tiver animais habilitados vai se beneficiar", disse um representante das indústrias.
Na avaliação do diretor executivo da Assocon, Juan Lebron, o ano começou melhor do que se esperava no final de 2008. Segundo ele, o volume de abate nos frigoríficos está aumentando, a Rússia já dá sinais de que voltará a comprar carne em volumes representativos do Brasil e a própria União Europeia, aos poucos, volta a comprar. Segundo Lebron, o número de confinamentos no Brasil pode cair em 2009. (AE)

Fonte: A Gazeta - MT

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