7/1/2009
Ano que chega promete ser favorável ao criador

Falta de gado para reposição faz de 2008 um período de bons negócios na boca da cadeia produtiva. E para os próximos 12 meses há expectativa de poucas mudanças nesse cenário.
O ano de 2008 prometia ser o da atividade de cria. E não decepcionou, em especial no primeiro semestre. A falta de oferta, alardeada nos últimos anos por conta do abate de matrizes, deu as caras. Se ficou difícil encontrar animais em bom volume para comercialização nos tatersais, qualidade se tornou um artigo raro.
O mercado enxuto e a demanda em alta, por conta da cotação do boi gordo, que não parava de subir - falava-se em arroba a R$ 100, lembra? - fez a cotação média do bezerro Nelore ultrapassar com facilidade os R$ 700 em praticamente todas as praças do País. Não foram raros os casos em que se pagou acima de R$ 800 pela categoria.
O semestre virou, o boi gordo recuou e o mercado viveu um embate nos valores do gado magro. De norte a sul, o que mais se ouvia da boca de quem bateu o martelo ao longo do ano sintetizava o novo momento vivido pela reposição: "o comprador não faz mais loucuras".
Levou um tempo até que o mercado se acostumasse aos novos preços. A liquidez despencou em alguns remates, os negócios travaram, mas aos poucos tudo voltou ao normal. A cotação do bezerro caiu um pouco, mas nada que se compare à queda acentuada do boi gordo nos últimos meses do ano.
Algumas praças em 2008 viram aquecido o mercado de fêmeas para recomposição dos plantéis. O cruzamento industrial está novamente valorizado. Por fim, é provável que haja uma oferta um pouco maior de animais para reposição em 2009, mas o aumento significativo deve ficar mesmo para a safra de bezerros (abril-maio) de 2010. E que fique claro para quem precisa de reposição: o ano que chega promete ser novamente favorável ao criador.

Fonte: Portal DBO

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