11/12/2008
Segunda etapa atinge 87,6% do rebanho/CE

Índice foi menor em relação à 1ª etapa. Nesse semestre, mais de 283 mil animais não foram vacinados

Fortaleza. Coincidência ou não, os dados referentes à segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Ceará foram divulgados, exatamente, na mesma semana em que os auditores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizam a vistoria para uma possível mudança da classificação da doença no Estado. De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Camilo Santana, o índice atingido nesta segunda etapa, de 87,6%, é bastante aceitável pelo Ministério para a mudança de classificação. “Essa campanha é uma das exigências do Ministério para a mudança de classificação. Estamos ansiosos para que isso seja possível”, destaca Santana.

De todas as cidades do Estado, 60 delas vacinaram 100% do rebanho, enquanto que 48 municípios ficaram acima de 90%; 53 cidades tiveram índice superior a 80% de vacinação e somente 23 municípios ficaram abaixo desta média.

Ao comparar com a primeira etapa de vacinação, Camilo diz que sempre há uma redução porque os produtores pensam que, quando chega o período de estiagem, o gado não adoece. Na primeira etapa foram vacinados 2.056.786 de todo o rebanho do Estado, enquanto que a segunda etapa teve uma queda de 2,58% quando comparada com a primeira etapa.

“Seremos mais rigorosos com os produtores que não quiseram vacinar o gado nesta segunda etapa, da mesma forma que iremos premiar aqueles que tiveram todo o rebanho vacinado”, diz.

Santana acrescenta, também, que só de 2007 para 2008 foram gastos cerca de R$ 4 milhões com o intuito de cumprir as exigências apontadas pelo Ministério. “A nossa intenção é sermos classificados como um Estado livre com vacinação, mas mesmo assim iremos manter as mesmas campanhas para assegurar esta classificação”.

De acordo com o presidente da Adagri, Edilson de Castro, os produtores que não vacinaram o gado podem ser multados em R$ 11,00 por cada animal e terão um prazo de até 15 dias para aplicar a vacina. “Caso contrário, a multa será duplicada ou tomaremos medidas mais severas para punir os produtores”, diz. Mesmo assim, o coordenador estadual da campanha contra a febre aftosa, Joaquim Sampaio, informou que os resultados foram bons — em todos os anos, é comum a primeira etapa superar a segunda fase.

O trabalho de auditoria realizado pelos técnicos do Mapa no Estado termina amanhã, no Crato. Eles visitaram diversas cidades do Interior para verificar as condições em que o Estado se encontra. No prazo de até 60 dias, de acordo com Santana, o Governo do Estado saberá a nova classificação. Atualmente, o Ceará é classificado em risco desconhecido, e tem o comércio comprometido com outros Estados devido à esta classificação.

Fonte: Diário do Nordeste

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