8/12/2008
Comercialização de boi em pé é opção para o Brasil

O Brasil deve apostar nas vendas de boi em pé (vivo) para atuar junto com a líder Austrália na comercialização de animal em vivo, diz o gerente geral no Brasil da Wellard, Daniel Pagatto. "A Wellard vê uma oportunidade no Brasil, pois aqui há volume com preços acessíveis." Ele conta que os países não serão concorrentes. "A Austrália venderia para a Ásia e o Brasil para a África e Europa." Pagotto afirma que as exportações para a América do Norte são impedidas por padrões sanitários.

O oeste africano e o leste europeu são mercados potenciais para o Brasil. "Podem ser enviados boi gordo, novilho para engorda, raças de corte e leiteira para reprodução, ovinos e caprinos", disse durante encontro com pecuaristas baianos durante a Fenagro, em Salvador (BA). De acordo com o gerente, a rentabilidade não é alta, mas o volume compensa.

Ele conta que o custo médio para a operação é entre US$ 1,5 milhão e US$ 2 milhões em um navio de pequeno e médio portem, que comporta 2 mil cabeças. No Brasil, os embarques são realizados a partir do porto de São Sebastião (SP) e Vila do Conde (PA). Uma viagem entre São Sebastião a Angola leva de 9 a 15 dias.

A Wellard realizou no dia 28 de agosto um transporte de 23.372 animais da Austrália para a Indonésia, no maio navio da empresa, o Stella Daneb. De acordo com Pagatto, os dejetos dos animais são lançados ao mar a cada dois dias, assim como as que morrem durante a viagem.

Fonte: Capital News

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