27/11/2008 Gado em pé: Crise já afeta exportação de bovinos vivos em volume no ano
Os exportadores de gado vivo esperam para meados de janeiro de 2009 a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à cobrança de taxa sobre as exportações de bovinos pelo governo do Estado do Pará, em prática desde o primeiro semestre deste ano. O Pará é o principal estado exportador de gado em pé, concentrando 97% de todos os embarques. O Brasil embarca gado vivo apenas pelos estados do Pará e do Rio Grande do Sul.
Entre outras determinações da legislação estadual paraense, está a cobrança de R$ 22 por cabeça de gado vivo exportada, informou Gil Reis, superintendente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg). Segundo Reis, o objetivo dos exportadores é anular a lei estadual. A ação no STF foi interposta pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). "A cobrança dessa taxa onera as exportações e reprime o crescimento das vendas externas", avaliou.
Embora tenham desaquecido um pouco no segundo semestre deste ano, as exportações de gado em pé têm se destacado na pauta exportadora do País e dispararam 5.460% nos últimos quatro anos. Entre janeiro e outubro de 2008, os brasileiros exportaram 335,8 mil cabeças - recuo de 3,5% em comparação ao mesmo período acumulado de 2007.
Embora em volume as vendas externas de gado vivo tenham desacelerado, em receita, por conta da alta de preços em dólar do boi, os exportadores tiveram ganho de 55% na comparação do período acumulado entre janeiro e outubro. Até outubro deste ano, a receita somou US$ 303,6 milhões ante os US$ 196,1 milhões faturados na mesma época do ano passado.
Fonte: Jornal DCI
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