13/11/2008
Frigoríficos investem alto para se adequar às normas internacionais

Metade das fazendas autorizadas a vender carne bovina para a União Européia fica em Minas Gerais. Mas não foram só os pecuaristas que tiveram que se adaptar às exigências do mercado internacional. Os frigoríficos também investiram alto.
Na orelha dos animais está o registro de vacina, de medicamentos e alimentação. O sistema de rastreamento foi um dos requisitos que fizeram o criador Paulo Ferolla conseguir a certificação que autoriza a venda para o mercado europeu. “Para mim melhora muito em termos econômicos, porque eu passo a vender meu gado entre R$ 10 e R$ 14 reais a mais a arroba do que é isto é comercializado no Brasil.”, afirmou o criador.
As exportações de carne in-natura para o mercado europeu foram suspensas no início do ano por causa de uma indefinição sobre o número de fazendas que poderiam receber a certificação. A fazenda de Seu Paulo é uma das 236 propriedades de Minas Gerais credenciadas nos últimos meses pela União Européia. Os frigoríficos também foram inspecionados por técnicos internacionais antes do fim do embargo em junho.
Este frigorífico em Araguari, no Triângulo Mineiro, investiu pesado para melhorar a qualidade na produção de carne. Tudo deve atender às exigências: dos cuidados com os animais antes do abate até a embalagem da carne. A empresa, uma das maiores no setor, abate 1200 bois por dia. Metade da carne é para o mercado interno. A outra metade é exportada.
O produto para a exportação já sai da indústria em contêiners direto para o porto de Santos. De Araguari, em média, são 10 contêiners por dia. Oito deles vão para a Europa. Em junho, apenas 5% do que era exportado seguia para a Europa. Hoje, passa dos 50%.
“Há uma série de providências que foram tomadas como treinamento, investimentos na parte industrial, investimentos na parte de transporte, investimento nos nossos funcionários, investimentos em todo o tipo de procedimento para atender às exigências da União Européia”, enfatizou o diretor administrativo do frigorífico, Rubens Vicente.
Em todo o país, 545 fazendas estão autorizadas a exportar carne bovina para a União Européia.

Fonte: Globo Rural

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