27/2/2006
Crise no campo: quebra de safra faz indústria do PR crescer menos


De acordo com o economista Sandro Silva, a desaceleração dos indicadores industriais ocorreu em todo o país, mas foi mais forte no Paraná, principalmente pelo fraco desempenho da agroindústria, que sofreu as conseqüências da quebra da safra de grãos e da queda dos preços agrícolas. A pesquisa do Dieese mostra que a agroindústria respondeu por 23% dos 13.667 empregos criados na indústria do Paraná em 2005.

Agroindústria - O setor da agroindústria que mais gerou empregos foi o abate e a preparação de produtos de carne e pescado, com a abertura de 5.855 vagas. Os setores de alimentos, material elétrico e têxtil geraram 47,7% dos novos empregos da indústria. Isso significa que de cada 10 vagas abertas, três foram nesses segmentos. A folha de pagamento média real por trabalhador apresentou aumento de 1,22%. Silva lembrou que o comportamento da produção industrial foi marcado nos dois últimos anos pela desvalorização do dólar e pela elevada taxa de juros.

No Paraná, os destaques foram a retomada da produção da Petrobrás, a inversão para pior do desempenho da indústria da madeira e do mobiliário e o baixo crescimento do setor metal-mecânico. No acumulado de 2005, comparado com igual período do ano anterior, a produção industrial paranaense cresceu 0,78%, registrando o pior desempenho desde 2002. Para este ano, entretanto, o supervisor do Dieese, Cid Cordeiro, prevê crescimento da indústria, proporcionado pela queda dos juros e crescimento da renda. Ele prevê que a indústria brasileira encerre 2006 com incremento positivo de 4,5%. No Paraná, o porcentual de crescimento industrial será um pouco menor, impactado pela agricultura. (fonte: Gazeta do Povo)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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