27/2/2006
Feicana/FeiBio deve acirrar debate sobre biocombustíveis


“Precisamos amadurecer e parar para discutir a implementação de medidas de longo prazo, pois a adoção de iniciativas como a antecipação de safras e a redução da mistura de álcool na gasolina não vai resolver o problema”, disse Perri. “O governo precisa estimular o crescimento da produção de cana no Brasil para resolver definitivamente o abastecimento, e as medidas sugeridas seriam reduzir a alíquota de ICMS de 12% para 7% e criar novas fontes de financiamento. Estou convicto de que o setor tem feito tudo o que pode para crescer”, finalizou o diretor.

Outro assunto polêmico, que também deverá ser debatido durante a Feicana/FeiBio, envolve a produção de biodiesel. Esta semana, o diretor-executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe, comentou que “enquanto o governo encarar o biodiesel como um programa de inclusão social, e não como um programa econômico, ele não vai decolar”. Na opinião do setor, segundo Salibe, “o Brasil corre até mesmo o risco de não cumprir a lei que estabelece a adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel a partir de 2008, se o governo não mudar essa postura”.

Este ano, além de reunir representantes e empresários de toda a cadeia produtiva da cana, para discutir assuntos relacionados ao mercado interno e externo do açúcar e do álcool, novos investimentos, e qualidade, será realizado na Feicana/FeiBio o IV Fórum Brasil-Alemanha sobre Biodiesel. Durante o evento, empresários, executivos e especialistas alemães e brasileiros e representantes do governo vão debater os principais aspectos do mercado de biodiesel e as necessidades de transferência de tecnologia entre os dois países.

A Feicana/FeiBio 2006 terá as presenças do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, do secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira, e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, entre outras personalidades.

Com número recorde de expositores, de cerca de 250 empresas, são esperados mais de 25 mil visitantes nos três dias do evento, além de um volume de negócios acima de R$ 600 milhões.

Novos investimentos

Considerada a única região que reúne condições ideais para expansão da área plantada de cana-de-açúcar e um dos maiores pólos produtores de cana e que ainda tem enorme potencial de expansão da área plantada, a região Oeste do Estado de São Paulo, que abrange 287 municípios, está em clima de otimismo. Segundo a UDOP, até 2010, 45 novas usinas de açúcar e álcool (veja abaixo a relação) serão instaladas na região, o que representa cerca de US$ 6,3 bilhões de investimentos e a geração de mais de 165 mil postos de trabalho, sendo 27,5 mil de mão-de-obra especializada.

Com as novas unidades, o Oeste Paulista será responsável por 90 milhões de toneladas de cana-de-açúcar esmagadas, com volume de produção estimado em 5,2 milhões de toneladas de açúcar e 4,4 bilhões de litros de álcool, para um mix de 45 % de açúcar e 55% de álcool. (fonte: Segmento Comunicação Integrada)


Fonte: Clube do Fazendeiro

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