10/10/2008
PIB: Em sete meses, agronegócio cresce 6,8%

Tendência é que o atual cenário macroeconômico mundial desacelere o ritmo de expansão, aponta a CNA.

O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea), da Esalq/USP, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a CNA e Cepea, os resultados apurados para o agronegócio até julho não registra, ainda, as pressões geradas pelo atual cenário macroeconômico mundial e do segmento de commodities. A tendência sugere reflexos negativos sobre preços e um arrocho na oferta de crédito e de financiamento; se as previsões se confirmarem, é possível alguma desaceleração no PIB do agronegócio ainda neste ano.
Em julho, o PIB cresceu 0,90%. Separadamente, o agronegócio da agricultura cresceu 0,94% em julho, acumulando expansão de 6,79% no ano. Quanto ao PIB do agronegócio da pecuária, cresceu 0,80% no mês e 6,66% na parcial do ano. Os segmentos de insumos agropecuários e produção primária seguem na dianteira em julho, com taxas de 1,79% e 1,23%, respectivamente. No acumulado de sete meses, o segmento de insumos expandiu 14,8%, enquanto a produção primária acumula crescimento acima de 11%.
Os insumos para agricultura cresceram 2,13% em julho, enquanto os insumos pecuários atingiram taxa de 1,2%. No acumulado do ano, esses segmentos registraram crescimento de 17,7% e 10,2%, respectivamente. No caso dos fertilizantes, em julho, o preço real e o volume expandiram 62,2% e 1,9%, respectivamente. Quanto aos preços das rações, mesmo se mantendo em patamares elevados, apresentam ligeiro recuo no crescimento acumulado nos últimos 12 meses, de 15,98%. Em junho, essa taxa estava em 16,69% ao ano.
Dentro da porteira e a indústria - A produção primária da agropecuária cresceu 1,23% em julho. Embora em ritmo menos acelerado, nos sete primeiros meses do ano a agropecuária registra resultado positivo, acumulando taxa acima de 11%. Isoladamente, a agricultura registra, em julho, taxa de 1,46%, acumulando no ano crescimento de 13,73%. Já o segmento primário da pecuária também registrou desaceleração em julho, crescendo 0,91% em julho, taxa semelhante à observada em fevereiro deste ano e inferior aos 1,59% apresentado em julho de 2007. Para 2008, o segmento acumula crescimento de 7,57%.
Para a CNA e o Cepea, embora as atividades que compõem a pecuária tenham mantido bom crescimento no valor produzido, essa performance ficou levemente inferior à observada em junho. Os recuos nos preços e no volume, ocorridos em julho, justificam esse resultado. Na média, o faturamento dos pecuaristas, dentro da porteira, registrou taxa de 13,32% nos últimos 12 meses, frente aos 13,62% de junho. O frango de corte apresentou desempenho mais modesto no segmento pecuário: desde o início do ano, registra preços negativos quando comparado aos valores do mesmo período de 2007.
Assim como os demais segmentos do agronegócio da pecuária, a indústria de processamento animal também seguiu desacelerando. Em junho, o segmento cresceu 0,35%, acumulando no ano taxa de 3,66%. Após meses de crescimento, a indústria de lacticínios, apresentou a primeira taxa negativa de crescimento, de 0,24%, embora ainda mantenha a liderança entre as indústrias da pecuária, se considerado o acumulado de 5,89% no ano. A indústria de abate também desacelerou, o que resultou em uma taxa de 0,94% no mês.


Fonte: Portal DBO

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