3/10/2008
Carne bovina: Em nove meses, exportações despencam 16%

As vendas externas entre janeiro e setembro somam 1,635 milhão de toneladas em equivalente-carcaça.

Gualberto Vita
De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a quantidade exportada inclui o produto in natura, industrializado e miúdos; considerando apenas os embarques de carne in natura, o volume acumulado chega a 1,2 milhão t.ec, recuo de 19% em relação a janeiro e setembro do ano anterior.
Apesar da queda em volume, o faturamento dos frigoríficos no período mostra que os preços da carne no exterior continuam em alta. "A receita acumulada alcança US$ 3,91 bilhões, resultado 22% maior do que foi exportado nos nove primeiros meses de 2007", contabilizou o diretor executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira. A Rússia segue liderando as exportações brasileiras, sendo responsável por 50% das compras - quase US$ 2 bilhões.
Somente em setembro, as vendas externas de carne bovina renderam US$ 533,2 milhões, receita 52% maior em relação ao mesmo mês de 2007. "Foi o maior percentual de crescimento registrado pela Abiec em um único mês", comemorou Luiz Carlos. O volume embarcado também cresceu na comparação de setembro de 2008 com o do ano passado: foram embarcadas 195,3 mil t.ec para o mercado internacional (152 mil t.ec in natura e 36 mil t.ec em processados), alta de 3%.
Roberto Gianetti da Fonseca, presidente da Abiec, afirma que o bom resultado no mês passado é consequência da ampliação da lista de propriedades habilitadas a exportar para União Européia; até o momento, o Brasil conta com apenas 364 fazendas certificadas. "Além disso, países como a Venezuela, o Irã e outros considerados emergentes, que sustentam grande parte de nossas exportações, estão comprando mais", ressaltou.
O presidente da Abiec acredita em um incremento ainda maior dos embarques nos próximos meses devido ao restabelecimento das importações do Chile, que envia neste mês ao País uma missão técnica para avaliar o sistema de defesa agropecuária nacional e inspecionar plantas frigoríficas. "Até o fim do ano, devemos faturar US$ 5,2 bilhões", estima Gianetti.



Fonte: Portal DBO

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