26/9/2008
Bovinos: 55 propriedades em MT

O Comitê Técnico da União Européia (UE) ampliou de 46 para 55 o número de propriedades mato-grossenses habilitadas a exportar carne bovina in natura ao mercado europeu dentro das normas da rastreabilidade. Assim, Mato Grosso passa a contar agora com 25 municípios com propriedades credenciadas a exportar carne à Europa.
A nova lista da UE aponta o município de Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) com o maior número de propriedades habilitadas no Estado (oito), seguido de Araputanga, Pedra Preta e Poxoréo (todos com cinco), Juscimeira (quatro) e, Barra do Bugres e Pontes e Lacerda, com três propriedades. Com duas fazendas habilitadas aparecem os municípios de Jaciara, Quatro Marcos e Vila Bela. Os demais municípios possuem uma propriedade liberada pela UE.
De acordo com o responsável pela área do Sisbov da Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso (SFA/MT), Guilherme Reis Dias, as liberações ocorreram após auditorias realizadas pelos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). O resultado da auditagem foi encaminhado ao Comitê Técnico da UE, que disponibilizou a nova lista de Mato Grosso.
Guilherme Dias informou que novas liberações deverão ser anunciadas pela União Européia na próxima semana. “O produtor interessado em participar deste mercado deve adequar sua propriedade às normas da rastreabilidade e, em seguida, procurar sua certificadora e solicitar a vistoria. Por último, deve solicitar auditagem do Mapa visando à habilitação para a União Européia”, lembrou. Para ele, a medida da UE ampliando a lista de propriedades habilitadas é muito importante para Mato Grosso, pois os pecuaristas têm interesse em exportar para esse mercado.
As restrições da União Européia às propriedades rurais de Mato Grosso são relacionadas à rastreabilidade, ou seja, o monitoramento do trânsito dos bois, do nascimento ao abate. Em novembro do ano passado, algumas fazendas e frigoríficos apresentaram inconformidades que foram relatadas por veterinários da União Européia, em missão oficial.
Segundo o Mapa, a participação dos exportadores no processo de rastreabilidade é fundamental para garantir a segurança do sistema.
EXIGÊNCIA - O Sisbov, sistema prevê um rigoroso controle de certificação do rebanho, que envolve a identificação dos animais e o seu registro por um período mínimo de 90 dias na base nacional de dados do Mapa. A rastreabilidade apresenta duas alternativas para o produtor: implantação dos brincos ou adoção dos chips eletrônicos para a identificação dos bovinos.
Guilherme Dias explicou que o resultado da auditagem passa pelo crivo de uma comissão estadual do Sisbov (Sistema de Rastreabilidade de Bovinos) e em seguida é encaminhada ao Mapa, em Brasília. Lá é feita uma nova avaliação para posterior envio da documentação à Comissão Veterinária da UE, que dá seu parecer final sobre a liberação.
A auditoria nas propriedades dura em média dois dias e envolve, entre outras atividades, a análise de controles de rastreabilidade das fazendas, levantamento do número de animais e de brincos, manejo sanitário, insumos e, principalmente, a identificação dos animais, confrontando as informações com o banco de dados do Sisbov. Este procedimento dura de 30 a 60 dias.
Guilherme Dias lembrou que a rastreabilidade é exigida apenas às propriedades interessadas em exportar carne in natura para a União Européia.

Fonte: Diário de Cuiabá

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