15/9/2008
Greve: Sem acordo, servidores da Adepará mantém a paralisação

Greve já dura oito dias, provocando crise no abastecimento de carne bovina no Pará.

Não houve acordo entre o governo e os servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), que decidiram nesta quinta-feira, 11, em assembléia, manter a greve por tempo indeterminado. Os donos de frigoríficos alertam que o estoque de carne bovina só dura mais uma semana, situação que deve se refletir também sobre os produtores de frango e peixe.
A principal reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público e Fundiário do Pará (Stafpa) é a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a categoria. "Ou é o Plano de Carreira ou não é nada. Já tentamos negociar de várias formas com o Governo, mas até agora nenhum acordo foi cumprido. Não acreditamos mais em promessas", disse o diretor do sindicato, Joélcio Miranda, após mais uma rodada de negociações com a direção do órgão.
O sindicalista diz que apenas os 30% previstos em lei, dos 1,2 mil funcionários que a Adepará tem no Estado, estão na ativa durante a greve. "Deixamos apenas quem tem DAS e alguns temporários trabalhando. O resto está tudo parado", diz. Com a paralisação, a Adepará deixou de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o transporte de animais em território nacional, sem o qual, produtores e empresários não podem negociar o rebanho, matéria-prima para o agronegócio da carne.
Ele alerta para as conseqüências que a greve pode causar no setor. "Os prejuízos são incalculáveis. Além da perda da arrecadação do Estado, vai ter prejuízo na economia e para própria saúde da população, que estará mais sujeita a ingerir alimentos sem fiscalização e sem controle. Isso sem falar que o desabastecimento vai forçar a alta dos preços", disse Joélcio. As informações são do Amazônia Hoje.


Fonte: Portal DBO

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