3/9/2008
Aftosa: Circuito Leste tem nova data de vacinação

Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e 530 municípios da região leste de Minas Gerais terão, a partir deste semestre, novo calendário de vacinação contra a febre aftosa. Os estados, que junto com Sergipe, fazem parte do Circuito Pecuário Leste passarão a vacinar seus rebanhos bovinos e bubalinos nos meses de maio e novembro. As datas são as mesmas adotadas no Circuito Pecuário Centro-Oeste, que abrange os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins, parte de Minas Gerais e Distrito Federal.

“O calendário foi unificado pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) a pedido do Fórum Nacional de Executores de Sanidade Animal (FONESA), que representa os serviços veterinários estaduais e faz parte dos esforços das autoridades sanitárias brasileiras para a erradicação da febre aftosa no Brasil até 2010”, afirmou o Secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. A mudança permitirá que as etapas de vacinação na maior parte do Brasil sejam promovidas na mesma época, o que facilitará o trânsito de animais.

Trânsito - Durante o mês de outubro, os animais com origem nos locais que tiveram o calendário alterado deverão ser imunizados quando destinados a trânsito interestadual, respeitando os prazos de carência para movimentação, previstos na IN nº 44/2007, sendo dispensados da vacinação os animais destinados ao abate imediato, desde que comprovem três últimas vacinações consecutivas.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Gado e lavouras da Argentina sofrem com seca histórica
03/09 - 00:00
Os problemas de abastecimento de alimentos na Argentina, causados pelos protestos de produtores nos últimos meses, têm sido agravados pela seca inclemente que afeta regiões produtoras do país, segundo a imprensa argentina. A falta de chuvas atinge principalmente a área localizada ao norte da província de Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba, Chaco, La Pampa e Santiago del Estero, justamente o coração da produção agrícola argentina.

Esta já é considerada a pior seca dos últimos 20 anos na Argentina. Cálculos ainda não definitivos do governo e de entidades privadas afirmam que as perdas acumuladas são, até o momento, de US$ 500 milhões. A falta de chuvas tem atrasado a colheita de trigo e girassol, dois dos principais produtos agrícolas do país, e já matou cerca de 700 mil bovinos. Os serviços de meteorologia prevêem que não haverá chuvas relevantes nos próximos 40 a 50 dias.

Nas regiões mais afetadas da província do Chaco, por exemplo, o governo montou sistemas de distribuição de 700 litros de água potável por semana, que chegam a cerca de 300 mil pessoas. O trabalho é dificultado pelas más condições de conservação da infra-estrutura de transportes, segundo informou a edição de ontem do jornal "Página 12".

Em regiões de Santa Fé e do Chaco, a falta d"água tem forçado alguns produtores ao escambo, segundo informou ontem o diário "Clarín": pecuaristas trocam carne e cabeças de gado vivo por água e pasto. Com isso, conseguem água para oferecer aos animais e evitam que mais bois morram de sede nas propriedades.

O círculo de perdas torna-se vicioso. A queda da qualidade e a pressa para vender os animais derrubam o preço do gado. Com o abate e a morte das vacas, teme-se também pela redução do rebanho de bezerros e da oferta futura de leite no país.

Em Tostado, na província de Santa Fé, produtores de gado com menor poder de fogo têm vendido animais mais fracos por 60 centavos de peso o quilo (o quilo do animal em bom estado é negociado por 3 pesos). Com isso, tenta-se evitar prejuízo completo.

A seca que assola algumas das principais regiões agropecuárias da Argentina vinha ganhando corpo desde 2007. Ela é conseqüência do fenômeno La Niña, formado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico na altura da linha do Equador, que acaba afetando o ritmo de chuvas. Como o inverno na Argentina foi mais seco que o de costume, a estiagem ganhou força.



Fonte: Valor Econômico

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