3/9/2008
Pecuária de corte: Pesquisa da Esalq analisa perda de amido por bovinos confinados

Uma parte do amido proveniente dos grãos e que não é digerido se perde nas fezes, podendo representar até 35% em peso.

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Nutrição e Crescimento Animal, ligado ao departamento de Zootecnia (LZT) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), avaliou o aproveitamento de amido em animais de diversos experimentos e de confinamentos comerciais. O estudo, de autoria de Mariana Caetano e orientada pelo professor Dante Pazzanese Lanna, analisou o teor de amido fecal em mais de duas mil amostras de sete confinamentos experimentais e 25 confinamentos comerciais nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O primeiro objetivo foi quantificar as perdas de amido em confinamentos comerciais brasileiros. Outro objetivo foi calibrar o uso da metodologia de NIRS (reflectância das ondas do infra-vermelho próximo) para estimar o teor de amido fecal de forma muito mais rápida e barata. Finalmente, há estudos que demonstraram que a variabilidade genética entre animais pode explicar a eficiência de uso da dieta por meio do teor de amido fecal.
Os resultados demonstraram perdas elevadas para os confinamentos que utilizaram grande proporção de grãos na dieta - esta perda foi mais intensa para animais zebuínos. Já a metodologia de NIRS demonstrou-se acurada e precisa para estimar o teor de amido, além de ser mais rápida e de baixo custo; as equações de calibração desenvolvidas serão utilizadas em análises comerciais pelo Laboratório de Bromatologia do mesmo departamento, beneficiando produtores, consultores e empresas de formulação de rações.


Fonte: Portal DBO

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