2/9/2008
Insumos: Com tarifa zero, preços deverão cair

CNA crê que maior concorrência entre as empresas vai estimular a queda dos preços do sal mineral e adubos.

A inclusão do fosfato bicálcico, ácido fosfórico e do ácido sulfúrico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero, aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), vai estimular as importações desses produtos, aumentando a concorrência e contribuindo para baixar os preços de insumos básicos para a agropecuária, como sal mineral e adubo fosfatado. Esta é a avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da entidade, Rodrigo Alvim, "estes produtos servem de matéria-prima para a fabricação da suplementação mineral da alimentação animal, cujos preços em alta vêm contribuindo significativamente para o aumento dos custos da produção agropecuária".
Para Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, a redução do imposto de importação do fosfato bicálcico "veio em boa hora", uma vez que os preços da arroba do boi gordo não vêm conseguindo acompanhar a evolução de custos de produção. "É importante que essa redução nos custos de importação do fosfato bicálcico chegue efetivamente até o bolso do produtor rural", diz Antenor Nogueira.
Segundo Rodrigo Alvim, os preços do sal mineral praticamente dobraram desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25 para R$ 50 a saca. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral. "O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico, matéria-prima fundamental para a produção do fosfato bicálcico, foi o principal responsável pelos aumentos do sal mineral", explica o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da CNA.
Segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite da CNA, desde novembro de 2007, o preço do fosfato bicálcico mais do que dobrou, passando de R$ 800 a tonelada para R$ 2.100 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia.


Fonte: Portal DBO

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