29/8/2008
"Boi pirata": Finalmente, animais apreendidos no Pará são comercializados.

Houve apenas um lance pelos "bois piratas".

As 3.046 cabeças de gado criadas ilegalmente pelo pecuarista Lourival Mendes Medrado dentro da Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira, no Pará, foram arrematadas nesta quinta-feira (28) em leilão eletrônico, pelo valor inicial de R$ 1,3 milhão. Ao todo, 11 bolsas de mercadorias participaram do leilão. Não foi divulgado o nome do comprador. O Ministério Público Federal informou que outros seis fazendeiros podem ter seus bois leiloados por ocupação irregular das unidades de conservação da Terra do Meio.
O governo federal se comprometeu a transportar o gado vendido até o município mais próximo da Fazenda Lourilândia, onde o rebanho está guardado desde sua apreensão. Comentando o resultado do leilão, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que pecuaristas da região travavam "uma queda de braço" com o governo, promovendo um boicote que levou ao fracasso das outras quatro tentativas de se leiloar os bois.
Minc disse ainda que o objetivo da operação não é vender boi nem ganhar dinheiro, mas proteger as unidades de conservação. Após a apreensão dos primeiros bois, 36 mil outras cabeças de gado já foram retiradas da estação ecológica pelos próprios donos. O ministro afirmou que a ação contra o "boi pirata" não vai parar. O titular da pasta do Meio Ambiente lembrou ainda que após a assinatura de decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) passou a ter direito ao chamado perdimento.
Isso significa, na prática, que ao se esgotar um processo administrativo, com direito de defesa dos acusados, o gado apreendido em qualquer unidade de conservação poderá ser vendido prontamente, com o dinheiro sendo aplicado em outras ações de combate a crimes ambientais. As informações são do Pará Negócios.


Fonte: Portal DBO

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