30/7/2008
Boi: cotação em queda

Com preço alto da carne, consumo caiu e demanda menor já[br]começa a afetar os mercados físico e futuro

Alexandre Inacio - O Estado de S.Paulo


André Dusek/AE

CICLO - Ofertas de animais cresce, euqnato frigorífico reduz abate
SÃO PAULO - A queda nos preços do boi gordo parece que ainda não chegou ao fim. Tanto no mercado físico quanto na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) as cotações seguem em baixa, com a queda da demanda dos frigoríficos e o pequeno aumento de oferta de animais em algumas regiões, como Mato Grosso do Sul. Na semana passada, o preço à vista do indicador Esalq/BM&F, por exemplo, acumulou uma desvalorização de 3,2%, dando sinais de enfraquecimento dos preços. Na sexta-feira, o indicador fechou a R$ 91,11 por arroba.

No mercado futuro a situação não é diferente. Os preços do boi gordo acumularam uma queda de quase 5% na semana passada, com os contratos para outubro fechando a R$ 84,85. Alguns analistas ainda consideram que a queda no mercado futuro se deve a um ajuste técnico, depois de os preços da arroba terem superado os R$ 102. A expectativa é que os preços do mercado futuro se aproximem das cotações do físico ainda mais essa semana. Caso se confirme a tendência, os contratos da BM&F tendem a se manter estáveis, puxando os valores do indicador para baixo.

Um dos motivos para a queda nos preços do boi é a retração no consumo de carne. O varejo já registra uma procura menor, o que está derrubando as cotações nas gôndolas dos supermercados. O preço alto da carne bovina já provocou, inclusive, aumento da demanda por carne de frango, como forma de substituição. Esse movimento está puxando os valores do frango resfriado, que já subiram mais de 11% apenas no mês de julho.

As cotações da carne de frango vinham se destacando por não estarem registrando grandes avanços, mas o preço elevado da carne bovina gerou uma demanda maior, revertendo essa tendência.


Fonte: O Estado de S.Paulo - Supl Agricola

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