14/7/2008
Arroba chega R$ 102 no sul de MT

O valor de comercialização do boi rastreado sofreu forte elevação na semana passada, apresentando um diferencial de até R$ 15 por arroba em relação ao não rastreado. Segundo informações da Pantanal Certificadora, credenciada pelo Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), a Fazenda Vila Rica, com escritório em Rondonópolis – no sul do Estado -, abateu 3 mil cabeças a R$ 102. A arroba do boi não rastreado ficou em R$ 87.

A elevação da arroba do boi está ocorrendo porque países importadores da carne brasileira, como os da União Européia, exigem a certificação do Sisbov, que é um sistema acompanhado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Apenas 90 estabelecimentos rurais brasileiros estão habilitados a exportar a carne para a Europa. As propriedades aprovadas integram a Lista Trace, da União Européia. As propriedades aprovadas nessa lista podem exportar para a Europa, por isso a especulação das propriedades credenciadas elevou a arroba do boi.

Hoje, cerca de 15 mil propriedades pleiteiam junto ao Ministério da Agricultura o credenciamento. Sendo assim, conforme os estabelecimentos rurais vão cumprindo uma série de exigências apontadas pelo Sisbov e pela União Européia, as propriedades passam a ser credenciadas.

Segundo o fiscal federal agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso, Guilherme Reis Coda Dias, os fiscais realizam a auditoria nas fazendas, verificando se estão cumprindo as exigências do programa, para posteriormente ocorrer a inclusão da propriedade no Sisbov e depois junto à Lista Trace.

A UE, conforme Guilherme, exige além do credenciamento dos bovinos e bubalinos junto ao órgão, o cumprimento de padrões específicos de corte da carne, por exemplo.

Sobre o Sisbov, ele destaca que é um programa do governo federal que realiza a rastreabilidade da cadeia produtiva de bovinos e bubalinos. A adesão é voluntária para os produtores rurais, mas será obrigatória no caso de comercialização de carne bovina e bubalina para mercados que exijam a rastreabilidade.


Fonte: Diário de Cuiabá

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