27/6/2008
Boi pirata": CNA critica apreensões de gado na Amazônia

Antenor Nogueira disse que as ações podem ter envolvido pecuaristas que não estão irregulares.



Segundo o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a entidade não é a favor de produtores ilegais, mas acha que deve haver mais conversa e menos exposição por parte do Ministério do Meio Ambiente. "Não damos as mãos a um produtor que esteja ilegal na condição dele. Se ele está ilegal, tem que ser punido, mas acho também que precisava conversar. Eu acho que esse tipo de sensacionalismo não leva a nada", afirmou Antenor à Agência Brasil.

O representante da entidade acredita que, em alguns casos, não foi o pecuarista quem desmatou. O crime contra o meio ambiente teria ocorrido antes de sua chegada. "Nós temos que sentar e conversar. A CNA está disposta a conversar", disse. As declarações foram feitas no intervalo da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina - a qual também preside - no Ministério da Agricultura. Na reunião desta quarta-feira, 25, ficou decidida a criação de dois grupos de trabalho: um, para avaliar o Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), e outro, para verificar o padrão de fabricação da vacina contra a febre aftosa na América do Sul.

Sanidade e mercado - Segundo o dirigente da CNA, a Venezuela, o Equador e a Bolívia têm demonstrado que não atingirão a meta de erradicação da doença até 2010, e nem definiram uma nova data, o que prejudica os esforços brasileiros. "O Brasil está pagando um preço muito alto para se ver livre dessa doença, algo que esses países não estão fazendo", disse. Quanto ao aumento do preço interno da carne bovina, Nogueira disse que pode causar redução nas exportações, mas outros fatores têm mais impacto sobre as vendas, como a "dificuldade de se cumprir a rastreabilidade".


Fonte: Portal DBO

Voltar