20/6/2008
Cotações do boi gordo devem continuar subindo

De acordo com levantamento da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), a arroba do boi gordo bateu, ontem, nos R$ 90,02, 17,32% a mais que em 19 de maio, quando o mesmo levantamento apontou o preço máximo de R$ 76,73 no Estado.

As cotações no mercado futuro não fazem supor um estancamento da evolução dos preços do boi gordo. Em 28 de maio a Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) fechou com preços de R$ 88,00 a arroba para contratos com vencimento em junho; R$ 92,00 para julho; R$ 94,18 para agosto; R$ 95,30 para setembro; e R$ 97,65 para outubro.

Fechamento

Para esses mesmos meses, o fechamento da BM&F no dia 11 passado apontou, respectivamente, R$ 94,63; R$ 98,08, R$ 98,56, R$ 99,50, e R$ 101,80.

O presidente do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antenor Nogueira, diz que a cotação do boi gordo deve continuar subindo em Goiás, até porque nada justifica que os preços sejam maiores no Mato Grosso do Sul, onde há dias a arroba já chegou aos R$ 90,00. Segundo ele, basicamente o que empurra os preços da carne para cima é a escassez de animais para a bate, situação que não se resolve em alguns meses ou mesmo em um ano.

Para Antenor Nogueira, os frigoríficos estão colhendo o que plantaram, pois mantiveram os preços artificialmente baixos nos últimos anos, obrigando o produtor a desfazer de parte das matrizes.

“Quando procurávamos os frigoríficos para reclamar dos preços baixos pago pelo boi gordo, sempre nos diziam que tudo era uma questão de mercado. Que é o mercado que dita os preços de qualquer produto num ambiente de liberdade econômica. Espero que agora não tenham mudado de idéia”, ironiza Antenor Nogueira.

Segundo ele, a expectativa é de que nos próximos meses os preços da arroba ultrapassem os R$ 100,00.



Fonte: O Popular

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