17/6/2008
Carne bovina já acumula alta de 42,3% no Paraná
De acordo com levantamento feito pela Scot Consultoria, os preços da carne bovina no varejo reagiram expressivamente desde junho de 2007. Dentre as quatro praças pesquisadas, o destaque vai para o Paraná, com alta de 42,3%, em média, no período.
A arroba do boi gordo em Barretos-SP já acumula alta de 61,4% no mesmo período. A redução dos abates, reflexo da oferta reduzida de animais tem causado ajustes quase que diários na arroba.
"Essa baixa disponibilidade de gado terminado deixou o mercado de carnes enxuto. E com a demanda relativamente aquecida, os preços subiram", informam os analistas.
A preocupação dos varejistas no momento é com o repasse de preços. Diante dos reajustes nas cotações da carne bovina, o consumidor pode optar por outras fontes de proteína animal.
Margem dos frigoríficos
Com a alta do boi gordo, as margens (considerando preços de compra e venda, sem custos) dos frigoríficos diminuíram, informou a empresa.
O equivalente Scot desossa é um indicador da receita obtida pelo frigorífico com a venda de carne sem osso, couro, sebo e todos os miúdos, derivados e subprodutos bovinos. É o índice que representa o faturamento do frigorífico de mercado interno que realiza a desossa. Apesar de não considerar os custos, através da comparação entre estes valores é possível indicar como evoluíram as margens dos frigoríficos.
Hoje a diferença entre o valor do boi gordo e do equivalente Scot Desossa está em 13,31% (média de junho). Montante 25,60% menor que a diferença média do período. O que indica redução de margem.
"Em junho de 2006, quando o preço do boi gordo atingiu o menor valor do período analisado, a diferença entre o boi e o equivalente era de 21,05%. Com o preço do boi gordo em alta, a margem hoje está menor", destacam os analistas.
"A alta do boi gordo tem sido repassada para a carne e subprodutos, mas de maneira mais comedida", concluem.
Mais informações: www.scotconsultoria.com.br
Fonte: Scot, texto adaptado pela equipe da Araucária Genética