15/5/2008
Empresa brasileira realiza Leilão de gado na África

Uma parceria formalizada entra a empresa brasileira Nova Leilões e o Grupo Muguidjana possibilitou a realização do primeiro leilão de gado em Angola, nomeado 1º Leilão Terras de Kolo, que aconteceu no dia 06 de abril de 2008 na capital Luanda. O remate, que comercializou exemplares das raças zebuínas Brahman, Guzerá e Nelore, arrecadou U$ 1.8 milhões e superou a expectativa dos organizadores.

Contando com o apoio do Governo de Angola, o leilão teve como objetivo principal incentivar a pecuária bovina naquele pais, estimulando investidores no agronegócio ao auxílio no setor pecuário. O plano é que Angola possa dispor de sua própria carne para subsistência de sua população – tendo em vista que os anos de guerra destruíram a pecuária em todo pais e, hoje, a carne consumida internamente provém apenas de importação. Entre as autoridades que prestigiaram o evento, estavam o Ministro da Agricultura de Angola, o Secretário do Planejamento e também o General Higino, uma personalidade de destaque no país.

De acordo com José Eduardo Matuck, diretor da empresa Nova Leilões, esta ação reforça a confiança que o mercado internacional deposita na competência do agronegócio brasileiro. "Este remate abre uma agenda de leilões que planejamos promover em Angola e assegura o reconhecimento do profissionalismo e seriedade com que desenvolvemos nosso trabalho, pois em meio a tantas opções que o mercado brasileiro de leilões oferece, fomos convocados em primeira mão para coordenar o leilão, que foi um grande sucesso", comemora Matuck.

Ele complementa que reuniu, no Brasil, uma equipe composta por 10 profissionais para comandar os trabalhos na África. "Antes do remate, o publico contou com uma palestra enfocando as raças zebuínas, proferida por Gabriel Prata Rezende, representante da ABCZ no Brasil", detalha Matuck.

Ele ressalta que os animais levados para leilão foram criteriosamente selecionados e, entre os criadores brasileiros convidados a vender seus animais, estava Regina Duarte, que levou um macho e duas fêmeas de seu plantel de Brahman. "Os animais brasileiros foram muito valorizados. Como exemplo, podemos citar que apenas o macho vendido por Regina foi arrematado por U$ 70 mil", comemora Matuck.

"Nosso gado vai, seguramente, se adaptar muito bem ao clima Angolano, pois o Brasil está geograficamente posicionado em linhas climáticas semelhantes à Angola. Além disto, nossas gramíneas consumidas pelo gado brasileiro foram exportadas de Angola, o que garante que nossos animais se desenvolverão muito bem naquele pais", finaliza Matuck.

Período de batalhas

A guerra civil em Angola, motivada pela luta do povo angolano pela independência do pais de seus colonizadores portugueses, durou cerca de 15 anos (1976-1991), até que o Governo e a Unita assinaram acordos que encerraram o longo período de batalhas no pais. Como resultado, Angola colecionou 2 milhões de mortos, 1,7 milhão de refugiados, milhares de órfãos, 200 pessoas mortas de fome por dia, além de 80 mil angolanos mutilados. As informações são de assessoria de imprensa.


Fonte: Matriz da Comunicação

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