15/5/2008
Carne bovina: Metade dos embarques do Uruguai seguem para a Rússia.
Dados são do Meat and Livestock Australia (MLA).
Em abril, o Uruguai exportou 24.221 toneladas de carne bovina, um crescimento de 15% sobre março e 19% maior que abril de 2007. Cerca de 50% do total foi enviado para a Rússia (12.041 toneladas) e apenas 5,8% (1.362 toneladas) foram embarcadas para os Estados Unidos.
O Uruguai faturou US$ 125,9 milhões com as vendas externas, recebendo em média US$ 5.198 pela tonelada da carne. A receita proveniente com as exportações subiram 32% e 96%, respectivamente, em comparação a março de 2008 e abril de 2007. (Gualberto Vita)
Estratégia garante lucro ao Marfrig
15/05 - 00:00
São Paulo, 15 de Maio de 2008 - A mudança na estratégia em relação às exportações e ao mix de produtos vendidos fez com que, apesar do cenário adverso no Brasil - custos altos e restrição da União Européia - o frigorífico Marfrig encerrasse o primeiro trimestre do ano com lucro de R$ 25,1 milhões - 29,1% acima do registrado no mesmo período de 2007. A margem Ebitda passou de 11,2% para 11,9%, no mesmo período, enquanto a receita líquida encerrou em R$ 1,067 bilhão - 60,9% a mais. Ontem, as ações do grupo fecharam o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com alta de 4,71%, a R$ 18,44.
"É uma combinação de fatores. O Marfrig tem crescido muito seguindo uma estratégia de diversificação geográfica, com abate de bovinos na América do Sul, e aumentou a participação dos industrializados", disse Ricardo Florence, de Relações com Investidores.
Ele explica que, por conta do embargo europeu, a empresa direcionou as exportações de carne in natura das plantas do Uruguai e Argentina e aumentou a venda de produto processado do Brasil. Com isso, apesar das restrições, as exportações do grupo aumentaram a participação na receita bruta: de 49,2% no primeiro trimestre do ano passado para 50,9% no primeiro deste ano. "O que contribuiu para isso foi a venda maior para outros países, além dos negócios das tradings na Inglaterra e no Chile".
Florence ressalta também a importância dos produtos industrializados, que passaram de 8,6% das vendas para 17,2%. A estimativa da empresa é encerrar o ano com 20%. "Isso contribuiu para o aumento das margens", afirma.
No primeiro trimestre a empresa investiu R$ 109,5 milhões, sendo R$ 97,8 milhões destinados a aquisições, no Brasil e no exterior. Atualmente, metade dos abates do Marfrig é realizado em plantas fora do Brasil. Florence diz que, ao contrário de outras empresas do ramo, não está nos planos do grupo entrar no segmento de lácteos.
Fonte: Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4- (Neila Baldi)