8/5/2008
SP: boi gordo bate recorde em negócios na BM&F

Os contratos do boi gordo negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) em abril subiram 196,9%, ficando com um volume de 116.142 contra os 39.117 do ano anterior. A receita foi recorde e ficou em US$ 1,8 bilhão ante os US$ 360 milhões de 2007, elevação de 413,8%. Na comparação do acumulado no ano, a receita subiu para US$ 5,7 bilhões, número 366,8% maior. Os contratos ficaram em 394.002 frente os 138.885 do ano anterior, uma alta de 183,7%.

"Os números mostram que os contratos do boi gordo passaram os de café no início deste ano. Isso prova que este mercado está cada vez mais profissionalizado", avalia Octávio Magalhães, gestor da Guepardo Investimentos. Revela ainda que a entrada dos frigoríficos, a atuação de fundos de investimento e tesourarias de bancos são positivas para o mercado futuro. "Isso amplia o número de compradores e favorece quem precisa vender.

Já os negócios em torno do café arábica caíram 17,1%, de 54.555 para 45.245 no comparativo do mês de abril. A receita subiu 1% e ficou em US$ 754 milhões. Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, disse que a queda ocorreu em virtude de uma postura mais conservadora dos investidores, que esperam a entrada da safra brasileira. Ele avalia que no segundo semestre, os negócios com esses contratos devem voltar a crescer e acredita que os de boi gordo ficarão mais próximos do café neste ano.

No caso do açúcar cristal, o volume dos contratos negociados caiu de 3.714 em abril de 2007 para 445 no mesmo mês deste ano, uma redução de 88%. No mesmo período, a receita caiu de US$ 12,4 milhões para US$ 1,8 milhão, valor 85,2% menor. De acordo com Marcos Escobar, analista da FCStone, a queda de 49% nos preços do açúcar nos últimos 24 meses por causa do aumento da produção na Índia e no Brasil foi a principal responsável por essa redução. "Com os preços baixos, o comprador viu que não era necessário fazer hedge".



Fonte: Gazeta Mercantil

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