25/4/2008
Minas deve imunizar 12 milhões de bovinos contra aftosa

Com a expectativa de imunizar 12 milhões de bovinos de todas as idades,
que estão distribuídos por 155 mil propriedades rurais em 325
municípios das regiões do Alto Paranaíba, Noroeste, Sudoeste, Sul de
Minas e Triângulo Mineiro, tem início no dia 1º de maio até 31, a etapa
de vacinação contra febre aftosa do Circuito Pecuário Centro-Oeste.

O
Circuito, considerado o mais importante do país pelas autoridades
sanitárias internacionais, é composto por parte dos estados de Minas
Gerais e Paraná; Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e
Distrito Federal, com um total de 110 milhões de bovinos (53,6% do
rebanho nacional de 205 milhões de cabeças).

Como já é
tradicional, o lançamento oficial da campanha será realizado durante a
solenidade de abertura da 74ª ExpoZebu, que acontece no dia três de
maio, às 10 horas, no Parque de Exposições Fernando Costa, em Uberaba.

Ausência do vírus

"Atualmente,
não há nenhum foco da doença no Brasil. Porém, a continuidade das
medidas preventivas e educativas são fundamentais para evitar que
ocorram crises com as de 2005 e 2006, que causaram vários transtornos
para a pecuária brasileira", diz o diretor-geral do IMA, Altino
Rodrigues Neto.

Para o diretor do IMA, que também é presidente
do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (FONESA),
entidade que congrega todos os órgãos de Defesa Sanitária do país,
apesar da inexistência de novos focos, autoridades da União Européia
(UE) conseguiram barrar a entrada de carne brasileira na Comunidade,
por desconfiar que exista um controle efetivo sobre a sanidade do
rebanho nacional. "O tamanho do país e o fraco sistema de inspeção
representam um grande obstáculo ao controle efetivo (da febre aftosa)",
diz.

Saúde pública

A
febre aftosa representa uma importante ameaça para o bem estar da
população, devido ao seu impacto sobre a economia nacional de diversos
países, onde o comércio com o exterior e estabilidade, dependem
diretamente da confiabilidade dos alimentos de origem animal, que devem
ser oriundos de animais isentos desta enfermidade, demonstrando a
estreita relação que existe entre saúde pública, o ambiente e o bem
estar sócio-econômico.

Segundo Altino Rodrigues Neto, a
importância da febre aftosa em saúde pública seria ínfima se não
considerássemos sob o ponto de vista social e econômico. Afeta os
produtores, empresários e famílias rurais por seus efeitos
desfavoráveis sobre a produção, produtividade e rentabilidade pecuária.
Incide negativamente nas atividades comerciais do setor agropecuário,
prejudicando o consumidor e a sociedade em geral pela interferência que
a doença exerce na disponibilidade e distribuição dos alimentos de
origem animal, assim como pelas barreiras sanitárias impostas pelo
mercado internacional de animais, produtos e subprodutos. E mais, onera
os custos públicos e privados, pelos investimentos necessários para sua
prevenção, controle e erradicação".

Dessa maneira, enfatiza o
diretor-geral do IMA, "ainda se faz necessário que se mantenha a
vacinação em Minas Gerais. O estado, que detêm o terceiro maior rebanho
do país, com 22,6 milhões e cabeças, é sempre uma região que oferece
risco do ressurgimento da aftosa, em decorrência da extensão de seu
território que é cortado por várias rodovias federais que ligam o Sul
ao extremo Norte do Brasil".

Paulo Renato Couto de Carvalho
Instituto Mineiro de Agropecuária-IMA
www.ima.mg.gov.br / (31) 3235-3504




Fonte: Portal Cultivar

Voltar