14/4/2008
PR: Negócios na Expo rendem mais de R$ 175 milhões

Com público recorde, estimativa preliminar aponta para um crescimento nos negócios em todos os setores.
O bom momento do agronegócio aliado ao aumento do poder aquisitivo da população alavancaram a 48ªExposição Agropecuária e Industrial de Londrina. Estimativa preliminar da Sociedade Rural do Paraná aponta que a comercialização ultrapassou a meta inicial, superando os R$ 175 milhões. O volume é 6% maior do que o registrado na feira do ano passado. Todos os segmentos tiveram crescimento com relação a 2007. Aliás, ontem - último dia da feira - o Parque Ney Braga ficou completamente lotado.

Segundo o presidente da Rural Alexandre Lopes Kireeff até quinta-feira as vendas antecipadas de ingressos para os shows já haviam superado em 5% o público registrado nestes eventos na feira do ano passado. Além disso, o número de visitantes do primeiro final de semana aumentou em 10% na comparação com o mesmo período de 2007. ‘‘Tradicionalmente o domingo representa 15% do público total da feira’’, informou. A comercialização nos leilões já havia superado aos R$ 20 milhões, sem contar os eventos de ontem e alguns realizados no sábado.

Na sua avaliação, a exposição deste ano consolidou os bons resultados atingidos em 2007, quando a comercialização foi de pouco mais de R$ 166 milhões. ‘‘Também tivemos influência da excelente safra, do aumento da produção e dos bons preços das commodities. Além disso, o poder aquisitivo da população aumentou, os juros estão um pouco menores do que no ano passado. Todo esse cenário econômico favoreceu’’, salientou. Ele lembrou que 2006 foi um ano bastante difícil devido à crise na agropecuária causado pela confirmação de focos de febre aftosa no Paraná e por quebras na produtividade agrícola.

‘‘No ano passado tivemos que fazer um trabalho de convencimento, de resgate na nossa confiança. Neste ano traçamos novas estratégias e isso superou todas as nossas metas iniciais. A credibilidade e esse nível de confiança potencializa a Expo 2009’’, observou Kireeff. Também houve uma reaproximação com produtores, famílias e escolas. ‘‘Aumentamos o efetivo de segurança, a cobertura policial. Foi um trabalho preventivo, planejado’’, comentou Kireeff. O trabalho deu resultados: praticamente não foram registradas ocorrências policiais dentro do parque. ‘‘Tentamos buscar um público qualificado e acredito que o Filo também contribuiu para tudo isso’’, afirmou.

Expositores - Os expositores também ficaram satisfeitos. O gerente comercial da Horizon (representante John Deere), Amauri Caetano, disse que não há como comparar os resultados deste ano com os da edição anterior. ‘‘No ano passado o mercado ainda estava em recuperação. Agora, nossa expectativa se confirmou’’, disse. Na sua avaliação, a exposição deste ano vai se comparar às feiras de 2002 e 2003, quando foram registradas safras recordes. Na Ford, neste ano, o movimento foi cerca de 50% melhor do que o do ano passado.

‘‘Esperávamos um aumento da demanda de automóveis e pick ups puxado pela melhora dos preços das commodities agrícolas. Por isso, fizemos pedidos antecipados de camionetes’’, comentou Job Terrin Júnior, diretor-presidente do Grupo Tropical. Segundo ele, o grupo participa da feira há oito anos e nenhuma das edição anteriores atingiu resultados semelhantes aos desta exposição. O grupo também levou ao parque a Nissan. ‘‘Foi um sucesso. Ficamos muito satisfeitos, conseguimos retorno do nosso investimento e, com certeza, iremos voltar em 2009’’, afirmou.

A Valtra também dobrou as vendas na comparação com o ano passado. ‘‘Apostávamos em um movimento 20% ou 30% maior, mas os financiamentos ajudaram’’, comentou o diretor Hans Wagner. Segundo ele, a comercialização deve ficar próxima à atingida em 2004, a melhor feira para a Valtra.

Fernanda Mazzini



Fonte: Folha de Londrina

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