14/3/2008
Ações políticas podem ajudar a reduzir custo de produção

O combate à crise de renda do produtor rural, por meio da redução dos custos de produção, também foi tema da apresentação realizada (12/3) pela vice-presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM/TO), para mostrar a senadores de diversos partidos os principais gargalos da agropecuária brasileira. No encontro, realizado na sede da CNA, a senadora citou ações políticas que podem ter resultados imediatos no bolso do produtor.

Entre as soluções que dependem de vontade política está a redução da concentração nas agroindústrias de defensivos e fertilizantes. Apenas seis empresas concentram 70% do mercado de defensivos e três grupos de fertilizantes detêm mais de 95% do mercado de matérias-primas. Para ressaltar o peso desses insumos nos custos setor, a senadora lembrou que os defensivos representam 50% do que é gasto na produção de um hectare de algodão.

Outro fator que onera atividade produtiva é o atraso do Brasil em relação à biotecnologia. Para Kátia Abreu, é necessário fortalecer a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para dar aos cientistas respaldo jurídico que permita decisões técnicas, protegidas das pressões ideológicas. “Estamos dez anos atrasados em relação aos concorrentes. As variedades de milho que aprovamos a pouco já são cultivadas nos Estados Unidos há uma década. Precisamos acabar com a incoerência. Se alguém é contra defensivos não pode ser contra o uso de OGMs [Organismos Geneticamente Modificados], que significam a redução do uso de agroquímicos”, declarou a senadora.

Para reforçar as denúncias que têm feito na tribuna do Senado, Kátia Abreu lembrou os senadores sobre o custo logístico que a deficiência da infra-estrutura e a ineficiência dos portos impõem ao agronegócio. “No ano passado, só o porto de Paranaguá pagou US$ 150 milhões de demourrage, uma multa diária cobrada quando excede o tempo de aluguel do contêiner. Além disso, a produção do Mato Grosso está quase inviabilizada pela falta de infra-estrutura”, lamentou Kátia Abreu.


Fonte: Agência CNA

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