13/3/2008
Exportação começa a engrenar

Raça nelore tem bom potencial de vendas para o mercado externo, tanto de animais vivos quanto de material genético
SÃO PAULO - Após anos de investimento em genética, o criador brasileiro já sabe do potencial da raça zebuína. Não é à toa que quase 80% do rebanho de corte nacional é formado hoje por nelore ou animal resultado de cruzamento industrial com nelore. Agora, o Brasil precisa mostrar esse potencial para outros países, na forma de exportação de animais vivos e de material genético.

'O mercado externo é promissor', diz o consultor Internacional da Lagoa, Maurício José de Lima, que também é diretor da Brasil Gen, empresa de promoção e exportação de material genético bovino. 'Muitos países ainda têm o conceito do nelore de 30 anos atrás. Temos de promover a raça lá fora.'

Atualmente, diz Lima, o Brasil negocia mais animais vivos, para abate, principalmente para a Venezuela e o Líbano. Mas a venda de sêmen, embriões e reprodutores também está crescendo. Segundo ele, em 2007 a exportação de doses de sêmen bovino, em geral, da Lagoa cresceu 411% em relação a 2006. 'O Paraguai é o grande importador de material genético de nelore.'

Conforme dados do consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics (BCG), em 2007 foram vendidas 162.946 doses de sêmen bovino, ou 60% a mais comparado com 2006, quando foram exportadas 104.774 doses.

Na exportação de nelore vivo, o gerente-executivo do BCG, Gerson Simão, diz que os maiores importadores são os países africanos, como Angola e Senegal. 'Alguns países dizimaram o rebanho bovino há alguns anos e agora precisam de animais bons para reproduzir rápido. E o nelore atende a essa característica.' O BCG é um consórcio de exportação da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em parceria com a Apex-Brasil, para divulgar a genética, gerar negócios e agregar valor à pecuária zebuína.



Fonte: Estado de São Paulo

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