10/3/2008
Cosalfa: aftosa não deve ser erradicada até 2009

A meta de erradicação da aftosa da América do Sul, inicialmente prevista para 2009, pode ser revista. O novo marco para a sanidade na região será um dos principais assuntos em debate na 35ª reunião da Comissão Sul-americana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), na quinta e sexta-feira (13 e 14), em Porto Alegre.

"Provavelmente não vamos conseguir cumprir essa meta, pois há registro de aftosa em outros países", afirmou o assessor técnico da Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro. Equador, Venezuela e Bolívia tiveram casos em 2007. O Brasil não registra focos da doença desde 2006.

Pinheiro ponderou que, ao invés de erradicação, os trabalhos deverão focar a ausência clínica da aftosa. "A diferença é que, nesse caso, admitimos que o vírus pode estar presente no meio ambiente, mas não há a manifestação da doença", explicou.

Para o chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária do Mapa/RS, Bernardo Todeschini, a meta atual é factível para o Brasil e o Rio Grande do Sul. No entanto, destacou que há pontos importantes a serem trabalhados, como os programas de integração sanitária de fronteira. "Mais da metade do perímetro do estado é divisa internacional. De nada adianta o Rio Grande do Sul fazer um grande trabalho de sanidade se Argentina e Uruguai não fizerem", argumentou.

Segundo o chefe da unidade de doenças vesiculares do Centro Pan-americano de Febre Aftosa (Panaftosa), Victor Saraiva, há regiões com diferentes níveis de desenvolvimento nas questões sanitárias. Venezuela, Equador e Bolívia são zonas mais problemáticas, mas precisamos aceitar que houve progresso", comentou.



Fonte: Beef Point

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