5/2/2008
Carne bovina é saudável e não representa risco sanitário, diz Mapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil
informa que a suspensão temporária das exportações de carne brasileira
in natura para a União Européia (UE) decorreu da necessidade, apontada
recentemente pela UE, de consolidar uma lista de propriedades aprovadas
para o fornecimento de animais destinados ao abate àquele mercado.
Estão descartadas quaisquer ocorrências sanitárias nos rebanhos,
alteração da condição sanitária brasileira ou risco para a saúde
pública.

Há mais de 70 anos, o Brasil exporta carne bovina in
natura para países da UE, sem registro de qualquer problema de saúde
pública ou animal associado a tais produtos. Somente para este mercado,
o Brasil comercializou, no ano passado, 195,2 mil toneladas desse
produto. Atualmente, o País é o maior exportador de carne bovina do
mundo e vem ampliando sua participação nos mais diversos mercados. No
ano de 2007, exportou carne bovina e miúdos para mais de 150 países,
incluindo os da UE.

De acordo com o Mapa, a carne bovina in
natura exportada é obtida de animais saudáveis, inspecionados antes e
após o abate e submetida a rigorosos procedimentos higiênico-sanitários
em frigoríficos habilitados. Não obstante as garantias sanitárias
anteriormente mencionadas, a carne exportada para a UE é maturada e
desossada, procedimentos internacionalmente reconhecidos para
inativação do vírus da febre aftosa.

Nas áreas do País
atualmente habilitadas à exportação para a UE, não há ocorrência da
febre aftosa há pelo menos seis anos. Essas áreas estão sujeitas ao
controle do ingresso e do período de quarentena de animais oriundos de
áreas não habilitadas.

Os últimos focos de febre aftosa no
Brasil limitaram-se a três municípios na fronteira do Mato Grosso do
Sul com o Paraguai e a sete propriedades no Paraná. Após erradicação
dos focos, mediante estrita observância dos procedimentos recomendados
pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Mapa empreendeu
estudos sorológicos que comprovaram a ausência de circulação viral.
Esse trabalhou possibilitou o reconhecimento do governo brasileiro do
retorno à condição de livre de febre aftosa em novembro de 2006 para os
municípios atingidos no Paraná e, em novembro de 2007, para a área
interditada no Mato Grosso do Sul.

O Serviço Veterinário Oficial
Brasileiro vem atendendo às exigências européias, especialmente, em
relação ao controle da vacinação e de fronteira, e à prevenção da febre
aftosa, cujos avanços foram oficialmente reconhecidos pela UE, informou
o Mapa.

Em atenção às recomendações da UE, o Serviço Veterinário
Oficial do Brasil desenvolve, em adição às medidas de controle
rotineiras e para atender exigências de certificação da carne bovina,
estudos soroepidemiológicos específicos para avaliação da eficiência da
vacinação contra a febre aftosa e de comprovação da ausência de
circulação viral.

Em recente auditoria realizada por Missão da
UE, os controles de saúde pública realizados pelo serviço veterinário
oficial brasileiro em indústrias habilitadas foram considerados
satisfatórios. Ademais, os significativos avanços no controle da
sanidade animal, desenvolvido nos últimos anos, puderam ser constatados
pelas diversas missões internacionais que estiveram no Brasil em 2007.

Por
fim, esclarece o Mapa, o que está em discussão é a rastreabilidade do
rebanho brasileiro, cuja execução representa apenas mais uma forma de
controle de trânsito. Mesmo assim, o Brasil introduziu a Guia de
Trânsito Animal (GTA) eletrônica que proporcionará mais segurança ao
gerenciamento de risco sanitário e à rastreabilidade dos animais
transportados entre estabelecimentos rurais. Com a unificação dos dois
sistemas, o Mapa busca atender essas exigências, dentro das condições
estabelecidas pela União Européia.


Fonte: Mapa - (61) 3218- 2203/2204 / www.agricultura.gov.br

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