29/1/2008
Apesar das restrições da UE frigoríficos estão otimistas

Os frigoríficos com maior parte da produção voltada à carne bovina e com ações comercializadas na Bolsa de Valores divulgaram projeções otimistas para este ano, mas existem riscos para o setor.

Mercado que melhor remunera o produto brasileiro, a União Européia deve, a partir do final desta semana, começar a comprar apenas carne proveniente de rebanhos habilitados segundo regras mais rigorosas de rastreabilidade.

Há consenso de que os volumes embarcados vão diminuir. Esse recuo, porém, pode representar receita maior. Como o Brasil é o principal fornecedor para os europeus -e a oferta vai ser menor-, os preços tendem a subir, compensando a perda em quantidades.

"A carne vai estar mais cara no mundo", diz Fernando Galletti de Queiroz, presidente do Grupo Minerva, indústria com sede em Barretos (SP). Queiroz diz que há "grande espaço para conquistar mercados lá fora", sobretudo os países produtores de petróleo, no Oriente Médio. O mercado interno se mostra "bastante positivo", afirma.

Com unidades instaladas também na Argentina, os Grupos JBS-Friboi e Marfrig em tese podem recorrer à oferta no país vizinho para preservar o espaço na Europa, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Remanejar a oferta pode não ser tarefa simples. "Austrália e Argentina têm restrições de oferta", afirma José Vicente Ferraz, diretor técnico da AgraFNP. Na Austrália, o motivo para isso é a seca. Na Argentina, o controle do governo sobre o volume de embarques.

Para Cesar Alves, analista da MB Agro, as projeções dos frigoríficos dependem do volume de gado atingido pelas restrições européias. Apenas nos próximos meses o mercado vai ter idéia dessa quantidade.



Fonte: Beef Point

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