26/12/2007
Reino Unido: Defra falhou na contenção da aftosa

O Departamento de Meio-Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido (Department for Environment, Food and Rural Affairs - Defra) defendeu-se das acusações de que falhou em conter o primeiro foco de febre aftosa neste verão, dizendo que a indústria precisa fazer vigilância para ajudar no controle da doença.

Segundo o site MeatProcess.com, um relatório divulgado na semana passada pelo Instituto para Saúde Animal (Institute for Animal Health - IAH) concluiu que os dois surtos, um no local do laboratório de Surrey, em Pirbright, e o segundo somente a pouco mais de 17 quilômetros de distância, vieram da mesma fonte, sugerindo que o primeiro não tinha, então, sido erradicado.

"As áreas infectadas em setembro estavam localizadas fora da zona original de vigilância de 10 quilômetros e, desta forma, não poderiam ter sido unidas pela extensiva vigilância e amostragem que estávamos fazendo", disse um porta-voz do Defra. Por essa razão, o Defra disse que a indústria também tem um papel na prevenção ou contenção destes surtos ao permanecer alerta.

Os pesquisadores do IAH estudaram o perfil genético do vírus da febre aftosa das diferentes áreas onde ocorreu a doença e descobriu que se tratava de uma cadeia única de eventos de transmissão.

Comentando sobre as técnicas de pesquisa usadas, o porta-voz do Defra disse que este seqüenciamento genético é uma técnica nova. "Estamos ainda desenvolvendo nosso entendimento sobre como interpretar estes dados, mas eles sugerem que a infecção se moveu das áreas infectadas em agosto direto para as áreas infectadas em setembro".

A informação, que foi passada ao Defra em setembro, foi agora publicada em resposta às sugestões da mídia de que a segunda fase da infecção, na área de Virginia Water, foi causada por solo infectado removido do local do Laboratório Pirbright, do IAH, e da companhia de vacina Merial.

O IAH e seu patrocinador, o Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas, refutam fortemente essas afirmações.

O Defra disse que não houve tentativas de esconder a pesquisa, dizendo que deu permissão ao IAH para publicar os dados em 5 de outubro. Os dados foram revisados por um grupo de cientistas a pedido do Conselheiro Científico Chefe do Defra e deverão ser publicados em breve. A revisão do grupo independente de especialistas aceitou as conclusões do estudo de que a segunda fase do surto de aftosa se originou da primeira fase e não de uma fonte separada.


Fonte: Beef Point

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