26/6/2007
Argentina prorroga restrição à exportação de carne bovina

As restrições para as exportações argentinas de carne bovina foram prorrogadas até o dia 31 de dezembro. De acordo com a Resolução 1.420/07, publicada sexta-feira (22) no Diário Oficial, a Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) "estendeu a cota exportável fixada no equivalente a 50% da média mensal do volume exportado em 2005". Isso significa que o país pode exportar por ano em torno de 500 mil toneladas de carne bovina. Antes das barreiras, a Argentina exportava pouco mais de um milhão de toneladas anuais.

A medida visa "dar continuidade ao compromisso do Governo Nacional com uma política destinada a manter a estabilidade de preços", argumenta o texto da resolução.

A Argentina já caiu do quarto para o sétimo lugar no ranking mundial de exportadores de carne bovina, atrás do Brasil e da Austrália. Pelo segundo ano consecutivo o país vem perdendo o posto por causa das restrições impostas pelo governo de Néstor Kirchner às exportações de carne. Em 2005, a Argentina ocupava o terceiro lugar nesse ranking. Com as barreiras que privilegiaram o mercado interno, a queda foi vertiginosa.

Nesses dois últimos anos, o Brasil e a Austrália se consolidaram como líderes absolutos na exportação do produto com 1,965 milhão e 1,495 milhão de toneladas, respectivamente. Com suas 500 mil toneladas anuais de carne, a Argentina foi superada pela Índia, que ocupa o terceiro lugar, com 800 mil toneladas, seguida por Estados Unidos, em quarto lugar, com 680 mil toneladas, e Nova Zelândia, em quinta posição, com 570 mil toneladas. O Uruguai também aparece na frente da Argentina, em sexto lugar, com 520 mil toneladas de carne.

Em abril passado, as exportações argentinas de carne bovina voltaram ser proibidas pelo governo para conter os preços internos. O produto tinha sido liberado no final do ano passado, mas com a pressão dos preços sobre a inflação, o governo decidiu colocar barreiras novamente. Apenas 22 mil toneladas do produto foram embarcadas, uma queda de 10% em comparação com abril do ano passado. O volume máximo permitido para as exportações mensais é de 40 mil toneladas.


Fonte: O Estado de São Paulo

Voltar