20/4/2007
Norma que define o novilho precoce entra em vigor até o fim do mês
A Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) apresentou a integrantes da cadeia da carne bovina, a norma confeccionada na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que entrará em vigor até o final de abril e regulamenta a definição de novilho precoce.
O novilho precoce é a base da produção da carne bovina de qualidade devido às características em termos de idade, conformação, peso e rendimento de carcaça, entre outros aspectos.
Constantino Ajimasto Jr, presidente da ABNP, comemora o resultado, que coroa os trabalhos realizados pela entidade desde 2003 para estabelecer normas de produção e conduta do novilho precoce, a fim de melhorar a criação nacional e tornar o Brasil um país ainda mais competitivo mundialmente.
“A ABNP tomou a iniciativa de discutir esse assunto em função da dificuldade de definir o nosso produto.
A idéia é trabalhar juntamente com todas as associações, marcas de carne e frigoríficos”, explica Ajimasto.
Entre os principais pontos da norma estão as definições da carcaça do novilho precoce, que tratam da gordura de cobertura, sexo (fêmea, macho inteiro, macho castrado), idade do animal e peso mínimo da carcaça, além dos requisitos necessários para um animal ser considerado um novilho precoce.
O projeto da norma ABNT 56:001.01-001 (Novilho Precoce-Requisitos) ficou sob consulta pública por cerca de 60 dias.
Ao final desse período, foi aprovado sem restrições, tendo sido acessada por centenas de pessoas de vários segmentos da cadeia, que concordaram com as características e definições.
“Agora, ela está em fase de homologação e, no prazo máximo de 30 dias entrará em vigor em todo o território nacional”, informa Auler Matias, coordenador da comissão de estudos e diretor executivo da ABNP.
“Batalhamos por essa normativa, pois enxergamos nela uma opção séria, técnica e clara de fazer o produtor ser mais bem remunerado.
A normatização é uma importante ferramenta para atingir a certificação da produção.
Temos de unir as fazendas certificadas para produzir carne competitiva e de qualidade, proporcionando-lhes melhor retorno econômico”, ressalta Constantino Ajimasto.
Boas Práticas Agropecuárias - Encerrados os trabalhos da comissão de estudos que elaborou as normas de definição do novilho precoce, foi formada a segunda comissão que confeccionará a norma de boas práticas para a produção do novilho precoce.
Para redigir um texto base desta nova norma foi criado um grupo de trabalho que definirá estas boas práticas, tendo como base, manuais e certificações já existentes e reconhecidos internacionalmente.
Auler Matias, diretor executivo da ABNP, foi nomeado coordenador do GT (Grupo de Trabalho), composto pelos seguintes nomes: Roberto Barcelos, representante dos frigoríficos; Robert Hansson, representante de nutrição animal; Francisco Vila, economista e consultor pecuário; Virgílio Paculdino, representante do setor de softwares de gerenciamento de propriedade; Ronan Azzi, representante dos criadores; Ester Cardoso, representante da Embrapa; Catia Nogueira, representante das certificadoras; e Fábio Dias, representante dos confinadores.
“Queremos fazer uma certificação da ABNP equivalente a outras reconhecidas por sua seriedade, como a EurepGap.
A idéia é criar uma norma que seja aceita inclusive no exterior e que possa ajudar o País a derrubar barreiras contra a carne brasileira”, complementa Auler Matias.
Fonte: Clube do Fazendeiro