29/3/2007
RS: governo discute portaria sobre costela

A portaria que proíbe a entrada de carne com osso no Rio Grande do Sul será debatida hoje, na Secretaria da Agricultura e Abastecimento, às 14h.
Os produtores querem a manutenção da portaria.
Já a indústria pede a flexibilização das regras.

Com a proibição, a fiscalização estadual já apreendeu 210 toneladas de carne com osso ilegal no estado só este ano.
O total corresponde a 71,3% da carne apreendida (293 toneladas) desde o final de 2005, quando foram fechadas as fronteiras do estado devido à ocorrência de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná, informou a assessoria de imprensa do governo do RS.

Segundo reportagem do Correio do Povo/RS, a expectativa é que seja liberada a entrada de costela de Rondônia, Acre, Santa Catarina e parte do Amazonas, conforme prevê a instrução normativa 82 do Ministério da Agricultura.
Para tanto, deverão ser feitos alguns ajustes na estrutura sanitária do estado, que hoje prevê a passagem de carne por seis corredores sanitários.
Segundo a SAA, uma das alterações seria a diminuição dos acessos de passagem de mercadorias e intensificação da fiscalização.

O presidente do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, levou a Machado sugestões para facilitar a flexibilização da portaria, envolvendo, inclusive, a fiscalização.

Já a Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul quer a manutenção da portaria para manter a rentabilidade da cadeia produtiva e a sanidade do estado, informou reportagem do Jornal do Comércio/RS.

"Com a continuidade da portaria será possível manter preços que permitam retomar o rendimento dos pecuaristas, que têm passado por muitas dificuldades, em função da seca, do sucateamento das propriedades e da falta de tecnologia", defendeu o presidente da comissão, Carlos Simm.
Sem a concorrência de carne de fora, o preço do boi gordo (R$ 2,11, a média do quilo vivo) tem se mantido acima da média nacional.


Fonte: Beef Point

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